Início de ano, velhas questões: estou no lugar certo? devo seguir por aqui, ou por lá? é hora de rever a rota? “e se”… E se pudéssemos apenas por um instante, analisar o presente, sem julgamentos ou comparações? Se pudéssemos traduzir todas as dúvidas em oportunidades, possibilidades, incentivos que possuem de fato, o poder de impulsionar os nossos desejos?
E se nesse inicio de ciclo, olhássemos mais para a nossa estrada, ou grama, do que para o do vizinho do lado? Comparações são sempre árduas, desiguais, porque cada pessoa carrega dentro de si uma história completamente sua. Definir metas, traçar objetivos, é importante…
Entretanto, que tal estudar nossas verdadeiras prioridades, anseios profundos…Que tal, deixar um pouco de lado checklists modernos, cobranças parentais, sociais, de todos os tipos. Viver a faculdade dos sonhos, o emprego dos sonhos, o casamento dos sonhos. Com a esposa perfeita, a casa ideal, o salário mais alto.
Viver atarefado, com o celular sempre ao lado, esperando ligações. Viver olhando mais para eles, do que para nós mesmos. E erroneamente, usando uma métrica de vida que não é nossa, mais um ano em anonimato da própria narrativa. Por quê?
Que bom seria aprender a ter aspirações verdadeiramente nossas, e trabalhar duro por elas. Que bom seria poder desfrutar de um amor que não se pareça com o que vemos nas fotos, um amor que seja só nosso. Que não se equipara, porque ninguém tem igual.
Que bom seria sair da redoma de idealização, desenhar uma visão de futuro que seja coerente com o que nós somos, lá no íntimo dos nossos corações. Talvez objetivos que ninguém mais sabe, por quê não?
Para além de traçar metas no início do ano, enfatizo a importância de sabermos quais são os nossos verdadeiros desejos. Em uma era em que todos parecem querer o mesmo, às vezes é difícil encontrar aquilo que nos toca de verdade, mas que nem sempre está na superfície. Celebrar quem já fomos e a forma com que chegamos aqui, também é uma maneira de descobrir qual será o próximo passo. Sem olhar para o lado, o que há no seu jardim que mais nenhum outro tem?
