Recomendamos o artigo do gravataiense Renato Reis, servidor público.
Falar de Pelé é fácil, afinal ele foi escolhido como o Atleta do Século dentre todos os esportes, não só no futebol. O homem se tornou uma lenda, assim se referiram a ele esportistas, artistas, líderes políticos, jornais, televisões, enfim, o mundo todo presta homenagens ao maior de todos os tempos, simplesmente o Rei.
Em campo um jogador completo, capaz de dribles inimagináveis e inesperados pelos adversários, dono de uma visão de jogo espetacular, capaz de antever o movimento de seus parceiros, colocando a bola no espaço e tempo futuros, para que eles finalizassem a gol. Pura magia!
Todos sabemos que ele fez mais de 1200 gols, e ainda assim sua imagem está associada ao gol que não fez, naquele chute do meio de campo, na Copa de 70, quase pegando o goleiro de surpresa, mas a bola, sua eterna companheira, naquele lance recusou-se a entrar na goleira, passou perto mas ficou como o quase gol.
Mas aí alguém dirá que eram outros tempos, que o futebol era diferente do que é jogado hoje, claro que sim, e se Pelé jogassem hoje, com a técnica e o talento que tinha, somados aos avanços na preparação física e toda a parafernália disponível, ele ainda assim seria superior ao Cristiano Ronaldo, Mbape e Messi.
Quantas vezes ouvimos de jornalistas, de turistas e até de amigos nossos, relatos de que, quando estavam em qualquer país ao redor do mundo, quando se identificavam como brasileiros, de imediato ouviam de quem os recepcionavam, Brasil, ah! Pelé!.
O Rei, na sua magnitude mundialmente reconhecida também era humano, e como tal tinha seus percalços, como sua negação em reconhecer a paternidade de uma filha. Também há críticas por ele, um atleta negro que alcançou o sucesso, manter uma postura de neutralidade, não posicionando-se em relação ao racismo. São questões pessoais, que não diminuem os méritos de sua genialidade no futebol.
Nós que, apesar de vivermos em uma República, tivemos nosso Rei e, com sua morte, aquela expressão que diz: Rei morto, Rei posto, perdeu o sentido, pois não há substituto para o Rei Pelé.