Depois de uma centena de tentativas frustradas para entrar no Banco, ela se desesperou. E apelou. A porta eletrônica não girava de jeito nenhum. O dia era daqueles de intensa correria.Fim de mês. Contas a pagar. E, muita gente com pressa. O guarda-segurança do Banco, guardava muito mais que a entrada das pessoas ao estabelecimento. Guardava intolerância também. Foi nestes impedimentos, que o surreal aconteceu.
Maria Teresa, 43 anos de idade, contabilista, brasileira e vacinada foi pagar suas contas. Chegando ao Banco, colocou celular e chaves na caixinha de segurança, para que nenhum objeto impedisse sua rápida entrada. Mas parece que o guarda resolveu implicar com a moça. A porta giratória não abria. E ela frisava que estava com muita pressa. E o guarda insistia:” deve ter moedas dentro da sua bolsa, deixa eu ver”. Maria obedeceu. Abriu a bolsa e mostrou as moedas ao Guarda.
A esta altura, atrás de Maria, formava-se uma longa fila de gente querendo entrar no Banco. O guarda insistia: “tem alguma coisa de metal junto ao seu corpo,moça. Por isto, a porta não abre”. Maria estava enfurecendo. Lembrou seus anéis-bijuterias que eram metálicos e de uma corrente que carregava no pescoço. Irritada, tirou tudo e colocou dentro da caixinha, aos olhos curiosos e implicantes do guarda. Mesmo assim, a porta não abria.
Maria já irada, disse ao guarda que talvez, fosse algum defeito na porta-giratória do Banco. O guarda retrucava: “o problema não é na porta do Banco. O problema é que deve ter algum metal próximo ao seu corpo impedindo o giro da porta”. Maria olhou o relógio. Seu tempo e sua paciência, estavam se esgotando. Empurrou lentamente a porta e ela realmente, não abria. O guarda fez cara feia. Maria, olhando o povo atrás dela, já impacientes também, teve uma ideia.
Em voz alta e descontrolada, gritou: “Já sei qual o metal que está trancando a porta. E ela vai abrir agorinha mesmo”! O guarda fez cara de zombaria. Maria,trajava blusinha de seda verde e jeans surrados. Foi abrindo o zíper da calça e falando: “o único metal colado ao meu corpo é o zíper do meu jeans. Mas não se preocupe porque eu vou tirar a calça agora já, e colocar na caixinha”.
Desta vez, o guarda a olhou bem sério. Maria arriou o jeans, ameaçando tirar a calça, com o zíper metálico, já aparecendo. E sua calcinha de baixo também. O segurança ruborizou. Num toque de mágica, a porta giratória se abriu e Maria entrou. As pessoas ao seu redor riram bastante. E o guarda, envergonhado tomou um rumo novo dentro do Banco.(Ana D´Avila)