Após virada épica, desafio do Grêmio é “planejamento” e bom futebol

Foto: Lucas Uebel — Grêmio

A vitória improvável contra o Flamengo dissipou parte das nuvens que pairavam sobre a Arena. Vitória de virada. Sem Luís Suárez. E graças ao banco de reservas. Mais futebol, impossível.

Com o resultado, o tricolor volta a “respirar” após 3 derrotas seguidas, reforça o “sonho” da vaga direta à Libertadores e ganha “fatos novos” para a reta final da disputa.

O resultado formidável, porém, não pode esconder a realidade. É natural colocarmos na “conta” de Renato os louros do triunfo pelas substituições realizadas. Mas não foi apenas isso. Não esqueçamos que Ferreira era vaiado na Arena e Cristaldo substituído ainda no primeiro tempo, né? Quando? pouquíssimos dias atrás…

Desmanchar o sistema com 3 zagueiros é prática comum do treinador para reverter resultados adversos. Nas últimas partidas, não havia surtido resultado…

O grande diferencial talvez tenha sido realmente o “brilho” das individualidades que saíram do banco de suplentes. Desta vez, André Henrique, Cristaldo e, principalmente, Ferreirinha, mudaram o patamar da equipe. Até então, o tricolor não havia visto a cor da bola.

Soma-se a isso, as substituições realizadas por Tite quase no mesmo momento. As mudanças fraquejaram o time. Entretanto, trocar Cebolinha por Bruno Henrique e Pedro por Gabigol não é nenhum absurdo, né? Eis a questão das individualidades novamente. As do Flamengo, embora a “fama”, não surtiram resultado.

No que cabia “diretamente” ao ex-treinador da Seleção, porém, erros grosseiros fragilizaram o meio-campo. Gerson terminou como camisa 5 e Thiago Maia, canhoto, como zagueiro pela direita.

Voltando ao Grêmio, méritos também pela capacidade de reação, entrega, superação e indignação. E também a Renato pela leitura perfeita de cenário.

Era preciso oxigenar os flancos e aumentar a presença no meio-campo. Destaque, ainda, pela “inconformidade” do treinador: ele tenta, troca, testa, substitui, constrói, reconstrói, erra, acerta, mas jamais peca pela omissão.

Contra o América-MG, sábado, o desafio é vencer, mas desta vez, também convencer na ótica do Futebol Além do Resultado. A vitória contra o Flamengo foi quase obra do “improviso”. Os mais de 60% de posse de bola do adversário ajudam a justificar o parágrafo.

Nathan Fernandes, Cristaldo, Ferreira e Suárez. Se Renato continuar “assertivo” na leitura de campo, eis o quarteto que provavelmente iniciará a disputa em BH. O desafio da hora é “vencer com planejamento”. Havendo padrão de jogo e, quem sabe jogando bem, a tendência é reduzir a influência do “acaso” no futebol. O tricolor não triunfa longe de Porto Alegre desde 1º de julho.

Os reservas de ontem podem virar a solução de hoje. O Futebol é maluco, irônico e surpreendente. Os deuses da bola odeiam tendências, favoritismos e receitas prontas.

Azar do Flamengo.

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