As vozes do Beira-Rio: desvendada a demissão de Mano Menezes

As Redes Sociais se tornaram o quinto poder da Nação. Executivo, Legislativo, Judiciário, Imprensa e, agora, Twitter & Cia. É a voz do povo a serviço dos deuses do futebol. Ou seria desserviço?

O descontentamento com o trabalho de Mano Menezes era a tônica do lado vermelho da força no mundo virtual. Da esmagadora maioria, claro! Até quando a culpa não parecia ser da comissão técnica, muitos queriam as cabeças de Mano e Sidnei Lobo numa bandeja. Liberdade de Expressão, sempre! De preferência salvaguardadas a educação e os bons costumes.

Eliminação precoce para Caxias, no Gauchão, e América-MG, na Copa do Brasil. Ambas nos pênaltis, é verdade, mas não deixam de ser vexatórias. De nossa parte, a preparação física foi a maior vilã dos insucessos do primeiro semestre. O time se desmanchava aos 15 do segundo tempo contra qualquer um. Impossível fazer futebol de alto nível sem correr. Impossível principalmente ter desempenho “sem” pernas, pulmões e intensidade.

Após sequência tenebrosa de derrotas e desempenho caótico, até as paredes do Beira-Rio apostavam na demissão de Mano Menezes. O “arrodião” levado no Gre-Nal teria sido a gota d’água. Na nossa visão, ali era o momento da troca. Embora as ressalvas físicas, os sinais indicavam para outras mazelas: o elenco “não estava mais comprando as ideias” do comandante.

Mudar não mudando. A direção apostou no “pensamento mágico”. Deu certo no primeiro momento. Com doses extras de “confiança”, Mano ajudou a construir a sequência de dez jogos de invencibilidade. A classificação para a fase eliminatória da Libertadores foi o ponto alto em matéria de resultado. O único brasileiro invicto, aliás.

Contra os adversários mais fortes no passado recente, entretanto, novamente deixou a desejar em performance. Derrota para Fluminense e empates contra Cruzeiro e Palmeiras. Dois pontos conquistados graças aos semi-milagres do goleiro John Victor. O trabalho bateu no teto! Inegavelmente. Com o fôlego revigorado, embora parcialmente, o time precisaria mostrar algum sinal de evolução. O bastão, agora, estava com o treinador. Não rolou!

Embora futebol requeira tempo, rotina, repetição e insistência, algumas obviedades precisariam ser consumadas. Falo do tempo porque só agora os reforços estão chegando. O absurdo de Enner Valencia marcando Marcelo contra o Fluminense no Maracanã também é uma perfeita ilustração. Como assim, usar o quinto maior artilheiro da Europa na temporada como auxiliar de lateral?

Mas, afinal? Por que houve a demissão???

Final de jogo, Beira-Rio. Domingo, 16 de julho de 2023. Porto Alegre. Rio Grande do Sul. América Sulista. Brasil. Zil.Zil.Zil…

Após o banho no vestiário, um grupo de jogadores pediu para falar com o presidente Alessandro Barcellos.

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Enfim…

Às vezes, a obviedade não precisa ser dita…

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