Historicamente, os times de Guardiola fazem história ao se imporem pelo bom futebol do ponto de vista estético. Entretanto, não basta apenas o exercício da técnica, com o perdão da obviedade. Que o digam a Hungria de 54, a Holanda dos anos 70 e o Brasil de 82. Histórico. Infelizmente.
Em dados momento, as outras valências pesam muito mais do que o refino técnico. Ainda mais em matéria de copas, formulismo, mata-mata. Ainda mais na Champions. Ainda mais contra o recordista Real Madrid. Do “iluminado” Benzema. Frente ao pragmatismo multicampeão de Carlo Ancelotti. No Santiago Bernabéu.
O repertório tático do Manchester City é formidável. Entre outros, com laterais por dentro, zagueiros na linha divisória, ataque veloz pelos lados e imprevisível por dentro. Sem falarmos na marcação que ocupa o campo rival, além do perde e pressiona quase frenético. Indiscutivelmente, a equipe que mais me agrada atualmente em toda a galáxia. Eis a mão do treinador. O maior dos tempos modernos. Sem dúvidas, Top 3 na história.
Maldita Copa, porém. É notória a falta de “sangue” nos times de Guardiola quando o Plano A (jogar bem) não é o bastante. Os deuses da bola não aceitam o desperdício de gols no primeiro tempo em Manchester na semana passada. Por mais que a jornada esteja apagada, não toleram, ainda, a saída do craque do time — De Bruyne — por opção técnica do treinador. Não compactuam, aliás, com mais um ano sem um camisa 9 à altura do elenco.
Mas, fundamentalmente…
Jogos diferentes não admitem o desaforo da frieza. Da postura mecanizada. Das ações triviais. Alô, Pep!!! Além de encantar o mundo, é preciso comer grama. Nem que seja sintética. Mesmo que literalmente. Talvez em 2023…