Com equilíbrio ignorado, Hexa ficou para 2026. Menos é mais!

Copa do Mundo não se ganha em apenas sete jogos! A cada partida superada, é preciso colher as lições dos 90 minutos para corrigir o que precisa e tentar evoluir. Não foi o aconteceu!

Nos faltou equilíbrio nos cinco jogos. Na peça ofensiva, o 4-2-4 também não funcionou e deixou nossos protagonistas desconfortáveis — fora das funções que habitualmente desempenham nos clubes (leia mais na sequência).

Parece ter faltado leitura da comissão técnica, mesmo com um dos melhores e maiores treinadores da história do país na casamata. Sem falarmos nos “trocentos” auxiliares e analistas de desempenho — todos com um vasto aparato tecnológico à disposição para extrair o máximo da equipe e das nossas individualidades.

Perdemos nos pênaltis para a Croácia. Ok! Mas o primeiro tempo já indicava que o favoritismo da Seleção Brasileira tinha ficado no vestiário.

O vazio no meio-campo era uma obviedade até então enxergada por poucos. Até que Brozovic, Modric e Kovacic “esfregaram na cara da Nação” a dura realidade.

Ou seja, bastou uma seleção minimamente competitiva para sucumbirmos. A falta de testes contra europeus de renome durante todo o ciclo 2019-2022 veio cobrar a conta. Com juros astronômicos e correção monetária digna de lágrimas. Alô, CBF!

“Eu gosto desta escalação”;

“Pra dentro deles”;

“Esta é a essência do futebol brasileiro”;

“Eles que nos marquem”.

Evito ao máximo fazer crítica da crítica. Porém, você acabou de ler a exceção que confirma a regra. Sim! Parcela significativa da grande imprensa também possui cota na precoce eliminação.

Voltando ao gramado…

No intervalo, ao estar empatando, Tite manteve o pensamento mágico da ofensividade. Bruno Guimarães ou Fred! Um deles deveria ter ingressado e poderia ter reordenado as peças. Doce ilusão…

Gaúcho de Porto Alegre, Raphinha fez uma Copa pífia! Sem a bola, porém, precisava atuar como auxiliar de lateral-direito. Com a bola nos pés, naturalmente, faltou gás, explosão, armação e vitória pessoal.

Paquetá atua como camisa 10. No Catar virou “quase” segundo volante. Richarlison, embora desempenho inicial de sucesso, é camisa 9 apenas na seleção. Na Inglaterra atua pelos lados há tempos!

Dos homens de frente, somente Vinícius Júnior atuou o mais próximo possível de sua posição e suas funções originais. No Real Madrid, porém, Valverde é o ponto de equilíbrio pelo lado oposto, liberando o camisa 20 das tarefas mais pesadas de recomposição. Beeem diferente vestindo verde e amarelo.

Neymar aberto pela esquerda ou atrás do centroavante se tornou Top 3 no Planeta Bola, mesmo com altos e baixos. Na seleção não fez nenhuma coisa, nem outra. Foi uma espécie de ponta-de-lança à moda antiga, caindo mais à esquerda. A diferença é que em pleno século 21, infelizmente não existem mais os generosos espaços de outrora.

Embora a lesão tenha prejudicado o desempenho de nossa referência técnica, a mecânica sufocou o camisa 10 entre zagueiros e companheiros de ataque. A mecânica desgastou os pontas sem a bola e isolou o centroavante. A mecânica sepultou o sonho do Hexa!

Futebol se ganha, se perde e se empata é no meio-campo. Estamos batendo nessa tecla desde a estreia, em 24 de novembro do corrente ano. Era preciso mais equilíbrio e menos apetite ofensivo.

Às vezes, menos é mais!

Ficou para 2026…

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