Inter entre a “mobilização” e o Choque de Realidade

O sucesso do colorado neste ano passa pela “mão do treinador” e pela postura de jogar com a “corda esticada”, sempre. Eis o que destacamos semana passada após a goleada contra o atual campeão nacional, Atlético-MG, no Beira-Rio. Pois bem! As duas “regras” foram ignoradas sete dias após. Constrangedoramente. Mano desmanchou a estrutura do time na escalação inicial e, sobretudo, nas trocas. O foco e a mobilização do elenco para a partida, então… beirou o ridículo.

A derrota para o Fortaleza, que briga apenas pra fugir do Z-4, já seria digna de críticas naturalmente. Mesmo longe do Beira-Rio. Imaginem o adversário com um a menos durante 60 e poucos minutos de partida? Não é de hoje: o Inter, desde a Era Odair Hellmann, se porta muito melhor contra os “grandes” do que contra os “médios ou pequenos”. Joga muito melhor no 11 x 11 do que com superioridade numérica. Como pode? Pois então, a lógica da bola não é a mesma da matemática…

Reação, contragolpe, explorar o erro rival. O elenco do Inter é talhado pra atuar assim. Quando precisa ter a bola muito mais tempo que o adversário, sucumbe — exceção a Eduardo Coudet que, durante algum período, conseguiu relativo sucesso propondo.

Edenílson, uma das referências do time, é carregador de bola. De Pena e Alan Patrick, baita reforços pra temporada, são lançadores, não dribladores. Wanderson e Pedro Henrique, enfim, a velocidade pelos flancos. Taison, outro que carece de terreno para render. Volantes com pouca saída. Laterais com poucas luzes no apoio – embora a paixão, no mínimo precoce, de alguns por Bustos. Não existe mágica.

“A derrota foi pedagógica mirando o jogo contra o Melgar”.

O comandante Mano disse mais ou menos assim na coletiva pós-Fortaleza. Deu certo. Ecoou muito bem junto à torcida nas Redes Sociais. Aliás, mais do que nunca, obviedade salta às vistas: a única chance de acabar com o constrangedor jejum de títulos: é sendo Bi da Sul-Americana. Derrotas com um a mais para Botafogo e os cearenses, por exemplo, evidenciam que a conquista do Brasileirão beira o devaneio. Portanto, foco na Sula! Eis o choque de realidade!

No intervalo, não condeno a tentativa “quase ensandecida” de Mano que substituiu por atacado. Adversário com um a menos, lutando contra o Z4, com a torcida “louquinha pra jogar contra”. Precisava apostar alto. O equívoco maior foi ter feito quatro trocas frente a lesão de Kaique Rocha. O segundo erro foram as escolhas que “abriram o time” completamente. O time ficou formatado tal qual vídeo-game. Dois pontas agudos. Um meia cerebral. Edenilson e De Pena como volantes. Alemão na referência. Quem marca? O Fortaleza, claro. Marcou gols. Mais óbvio impossível. E foram 3. Futebol requer equilíbrio. Poderia ter sido bem mais.

Corda esticada. Foco total. Sangue nos olhos e faca entre os dentes. Ou o Inter joga assim, sempre, ou ‘neca de pitibiribas’. Como é humanamente impossível “mobilização de final de Copa do Mundo a cada três dias”, é preciso “abandonar” o Brasileirão. Com perdão do exagero, claro!

Ao torcedor colorado, cabe lotar o Beira-Rio, repetir as ruas de fogo e gritar durante os 98 minutos. Quem venha o Melgar. Que o colorado classifique. Que você, nobre colorado e colorada, siga nos honrando com a leitura e críticas construtivas. Que o Inter não entre em férias já em agosto.

“Lote o Beira-Rio, torcedor. Na quinta-feira, o time dará resposta”.

A promessa não é minha. É de Mano Menezes…

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