O véio da Havan chegou com uma excitação estranha à CPI. Falou como se estivesse levando ao Senado uma nova versão fofa do véio, mas gritando e de um jeito elétrico e desafiador.
Tudo pode acontecer, inclusive um comício, com a participação de toda a tropa de choque de Bolsonaro.
Renan Calheiros revela, antes do depoimento, que a CPI já tem provas de que o véio pediu aos médicos que escondessem no atestado de óbito a causa da morte da própria mãe e o fato de que ela se tratou com cloroquina na Prevent.
Calheiros definiu o véio como “um bobo da corte”.
O véio disse ao chegar que levou as algemas (para desafiar a CPI), mas que o equipamento foi retido na chegada pelo detector de metais.
A CPI está diante de um candidato a alguma coisa, que se definiu ao chegar como um “ativista político”.
O véio não é modesto: “Podemos fazer aqui a melhor sessão da CPI da Covid”.
E revela que tem dislexia e que se alfabetizou com muita dificuldade.
O show do véio começou o depoimento com um vídeo de propaganda da própria Havan. O véio foi se vender na CPI.
A melhor parte do depoimento até agora é a da dúvida sobre o número de contas que ele tem no Exterior. “São duas ou três”.
Um sujeito que lida com bilhões, que sabe que tem 168 megalojas, sabe quanto fatura até os centavos, sabe o número exato de funcionários, mas não sabe dizer quantas contas tem no Exterior, quando a dúvida é entre duas ou três.
Texto publicado originalmente no blog do Moisés Mendes:
https://www.blogdomoisesmendes.com.br/o-veio-esta-nervoso/