A mobilização das principais cidades da região metropolitana contra o pedágio na RS-118 acaba de ganhar reforço. Foi instalada nesta tarde (9), na Assembleia Legislativa, uma frente parlamentar estadual que busca evitar a instalação das cancelas na rodovia também conhecida por Mario Quintana.
A Frente Parlamentar em Defesa do Movimento ERS-118 sem Pedágio tem apoio de grupos políticos, empresariais e de lideranças populares de Alvorada, Viamão, Cachoeirinha, Gravataí, Canoas. Representantes de municípios do Vale do Sinos, como Esteio e Sapucaia do Sul, também participaram do lançamento.
De acordo com o deputado Tiago Simon (MDB), a mobilização buscará destacar os, segundo ele, malefícios que a instalação de uma praça de pedágio na ERS 118 pode trazer para toda a região Metropolitana. O empresário Darcy Zottis, que coordena o Movimento RS-118 sem Pedágio, entende que as praças de cobrança rodovia atingirão principalmente cidades mais carentes economicamente, como Alvorada e Viamão. Segundo ele, estes dois municípios representam o deslocamento diário de aproximadamente 140 mil pessoas, que trabalham e consomem fora de suas cidades de origem.
Segundo matéria publicada no site do jornal Correio do Povo, Rafael Goelzer, empresário de Viamão, representou a Federasul. Ele assegurou que a entidade é contra o pedágio pelas características da rodovia, que segundo ele "tem um fluxo pendular de pessoas que saem pela manhã e retornam à noite”. Ele diz acreditar ainda "na sensibilidade do governo do estado para rever o projeto".
O pedágio
A proposta de pedagiar a RS-118 é do governo do Estado. É apresentada pelo governador Eduardo Leite como a única alternativa viável a médio prazo para duplicar os 16,5 quilômetros restantes entre a Freeway, em Gravataí, e a RS-040, em Viamão.
A concessão terá duração de 30 anos e, como contrapartida, a empresa vencedora deverá investir R$ 100 milhões em obras. De acordo com o deputado que propôs a frente parlamentar, a arrecadação estimada desta futura praça de pedágio ficaria em torno de R$ 4 bilhões no mesmo período.
Concluo:
Repito o que venho lembrando desde os artigos RS-040 volta à iniciativa privada, e isenção a placas de Viamão acabará; Após R$ 400 milhões de dinheiro público, 118 também será pedagiada e Governador, a RS-118 vai além de Gravataí; Viamão e Alvorada pagaram pela obra, mas só recebem ilusões:
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Na RS-040, as únicas obras vistas após décadas de concessão são as faixas adicionais até Águas Claras e o viaduto – ambas realizadas pela EGR – empresa pública e que será desmantelada por Leite.
Na RS-118, nos últimos 20 anos, nós ajudamos a pagar cada centímetro dos 21,5 km de asfalto, passarelas, duas pontes, sete viadutos, canos, tinta, brita, areia, cimento, lâmpadas, reassentamento de famílias, suporte financeiro para empreiteiras e cada uma das placas de sinalização colocadas em Sapucaia, Esteio, Cachoeirinha e Gravataí.
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Concluo que ninguém acha justo que Viamão e Alvorada paguem esta conta, mas "só até a página 2". E o resumo é que – seja numa cancela, ou padecendo mais algumas décadas entre buracos e escuridão – é o povo, e somente ele, que pagará esta conta.
Como sempre!
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