O Movimento RS-118 Sem Pedágio protocola nesta quinta-feira uma carta ao governador Ranolfo Vieira Jr. pedindo a exclusão do pedágio na ERS-118 e a substituição pela construção da ERS-010, a Rodovia do Progresso. Ninguém do Palácio Piratini apareceu no Tá na Mesa, da Federasul, cujo tema era o pacote de concessões apresentado antes de Eduardo Leite renunciar ao governo.
“… É injusto e inconcebível penalizar toda a região metropolitana, e particularmente Alvorada e Viamão, com pedágio por 30 anos, para duplicar 16 quilômetros. A arrecadação prevista nesta praça é de R$ 4 bilhões e o custo da duplicação é de R$ 110 milhões, conforme o DNIT. Se faria aproximadamente 40 duplicações. Abrimos mão dessa duplicação…” diz a carta, assinada pelo coordenador do Movimento RS-118 Sem Pedágio Darcy Zottis Filho e pelo presidente da Federasul, Anderson Trautman Cardoso, que alerta também que “… pedagiar a ERS-118 ampliará o problema social e aumentará o desemprego (…) já que haverá um custo adicional aos empregadores na contratação de trabalhadores…”.
A sugestão é retomar um projeto enrolado há duas décadas:
“… Como alternativa sugerimos ao governo que amplie a abrangência do bloco 1, incluindo a construção e concessão da ERS-010, chamada Rodovia do Progresso, como forma de compensação ao não pedagiamento da ERS-118 e viabilização desse bloco. A ERS-010 trará grande desenvolvimento econômico e social e investimento à região metropolitana…”, diz a carta, que você lê na íntegra clicando aqui.
O projeto da Rodovia do Progresso prevê 99 quilômetros, com quatro faixas com velocidade máxima de 100km/h ligando a Assis Brasil, continuação da BR-290 nas cidades de Cachoeirinha e Porto Alegre, até a rodovia RS-239, entre as cidades de Sapiranga e Ararica.
A rodovia beneficiaria os municípios de Porto Alegre, Gravataí, Cachoeirinha, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom e Sapiranga.
Como já reportei, o Movimento RS-118 Sem Pedágio Movimento ingressou com uma Ação Popular na 1ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre para impedir a instalação de pedágio na ERS-118, justamente alegando prejuízos às cidades e aos cofres do Estado, que investiu quase meio bilhão em 14 anos de duplicação da rodovia, e prevê outros investimentos, como uma elevada em Gravataí, que reportei no Seguinte em Concluída licitação de 28 milhões para viaduto na ERS-118 no acesso ao Distrito Industrial de Gravataí; O início do fim da fake news da duplicação.
LEIA TAMBÉM
Duplicação completa da RS-118 é uma fake news
Concluo como em Ação judicial tenta impedir pedágio na ERS-118 após 400 milhões em investimento públicos; O Velho Oeste do Billy the Kid:
There is no free lunch, “não tem almoço de graça”, é uma máxima popularizada pelo economista Milton Friedman como título de livro em 1975. Mas remonta aos bares do Velho Oeste norte-americano, onde era tradição oferecer comida para clientes que comprassem bebidas.
Reputo comida e bebida de graça essa concessão da 118 para algum grupo privado explorar, após mais de 400 milhões em dinheiro público.
Ao fim, um negócio que não se fazia nem no Velho Oeste do Billy the Kid.