por Redação | Edição de VÃdeo: Guilherme Klamt | Publicada em 12/06/2020 às 06h| Atualizada em 16/06/2020 às 11h57
Dia 12/6 é o Dia de Conscientização da Cardiopatia Congênita, e o Instituto de Cardiologia, mantenedor do Hospital Viamão, lembra as gestantes sobre a importancia do pré natal. Quem dá o recado sobre a importancia da prevenção são os pacientes pediátricos.
A Cardiopatia Congênita é uma alteração na estrutura ou funcionamento cardíaco que acomete uma a cada 100 crianças nascidas no Brasil. Dados apontam que no país ao menos 23 mil crianças necessitam de atendimento diferenciado e de cirurgia cardíaca, porém, estima-se que 78% destes bebês sequer recebem tratamento. Um dos maiores motivos para isso é a falta de diagnóstico precoce.
O diagnóstico precoce, durante a gravidez, é importante para o planejamento do parto e pode salvar a vida dos bebês portadores de cardiopatias congênitas complexas. No entanto, o medo causado pela pandemia de COVID-19 (Novo Coronavírus) tem feito muitas gestantes adiarem as suas consultas e exames de pré-natal, situação que está muito longe do ideal.
A secretaria Estadual de Saúde do RS orienta que, mesmo durante a pandemia de COVID-19, as gestantes de risco habitual, ou seja, aquelas que não estão em gestações de alto risco, mantenham as suas rotinas de pré-natal e evitem cancelar consultas e exames sem avaliação de um médico. Isso é fundamental, já que o desfecho gestacional e intercorrências obstétricas não podem ser adiados.
Segundo o coordenador da Unidade de Cardiopatias Congênitas e Pediátricas do Instituto de Cardiologia, Nestor Daudt, os portadores de cardiopatias congênitas que têm acompanhamento médico e tratamento precoce podem chegar à idade adulta com muita qualidade de vida.
- Essas crianças passam da infância para a adolescência e fase adulta experimentando cada uma dessas etapas em toda a sua complexidade. É preciso envolvimento de toda a família e muito amparo médico para que este indivíduo possa aproveitar a vida sem correr riscos e considerando sempre o seu estado de saúde - afirma o médico.
Mas para que isso seja possível, é preciso que as gestantes recebam atenção especial. A realização do ecocardiograma fetal, recomendado a partir do 5º mês de gestação, e o Teste do Coraçãozinho (Oximetria de Pulso), feito no bebê logo após o nascimento são indispensáveis.
- O ecocardiograma fetal é recomendado para todas as gestantes, não apenas para aquelas que apresentam fatores de risco como diabete materna, uso de álcool e drogas na gestação, tabagismo e a presença de anormalidades no feto. Isso por que 90% de todas as anormalidades cardíacas ocorrem em gestações sem fatores de risco - conclui Daudt.
Para aumentar a conscientização a respeito das cardiopatias congênitas e da importância do diagnóstico precoce, um grupo de pacientes pediátricos do Instituto de Cardiologia se reuniu para fazer um vídeo que foi divulgado nas redes sociais. Com idades entre 14 e 3 anos, os pequenos corações valentes deram o recado e fizeram a sua parte para salvar mais vidas.
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Cristiano Abreu
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