O irritante “conformismo” do Grêmio de Roger Machado

A Série B é assim mesmo! O importante é apenas subir, não importa como. O ano é de sobrevivência e de resiliência, não podemos cobrar desempenho… Essas e outras frases afins têm sido a máxima do Grêmio em suas manifestações institucionais, sobretudo nas entrevistas do presidente Romildo, do vice Denis Abrahão e do treinador Roger Machado. E o pior, a mesma ‘visão de mundo’ têm sido seguida por grande parte dos gremistas, ao menos àqueles das minhas relações pessoais e digitais.

Em ‘enquete’ dias atrás, perguntei nas minhas Redes Sociais, por exemplo: o Grêmio tem obrigação de ganhar a competição ou apenas subir está bom? Resultado: 70% ficaram com a segunda alternativa. Decepcionante! Pela grandeza, história e folha salarial que supera os R$ 10 milhões/mês, estamos frente a um “conformismo” inadmissível. Estão apequenando o Grêmio e, o pior: a torcida tem sido coautora da “proeza”.

Roger Machado tem sido a maior decepção dos últimos tempos. O principal mentor tático e intelectual das grandes conquistas do passado recente, igualmente está caindo no pecado da passividade. O elenco, naturalmente, é inferior ao Grêmio de 2015,16, 17. Entretanto, quando mais limitado o grupo, maior é a necessidade da “mão do treinador”, né? A história comprova! Mesmo com sérias lacunas — como a camisa 2 e a camisa 10 —, o Grêmio poderia e deveria estar jogando mais com os atletas à disposição. Bem mais. Eis o desafio, até então, rechaçado pelo ex-camisa 6 e ilustrado pela zero vitória contra times do G-4 e pelos seis empates seguidos longe da Arena.

Primeiro um 3-4-3 sem jogadores capacitados para tal. Nos últimos jogos, porém, o óbvio acerto do feijãozinho com arroz. Linha de quatro defensiva. Pontas rápidos. Campaz como dublê de camisa 10. Apenas um “volantão” e Bitello variando entre a função de 2° e 3° homem. A performance ainda não veio, mas pode ser o início de um novo tempo se houver sequência. O primeiro passo para um time ter rendimento é estar escalado racionalmente.

A camisa 2 segue em aberto. Repito que o “menos pior” para o momento é a improvisação de Tonhão Rodrigues. Gabriel Silva na meia-cancha também poderia elevar as ações de armação, transição e chegada à frente. Principalmente para amenizar a ausência de um 10 de fato e de direito. Variação para 4-1-4-1 (4-3-3). Villasanti, Bitello e Gabriel. Elias, Campaz e Diego Souza. Elias, porém, mais próximo ao gol rival e tramando com DS. Sem precisar correr atrás de lateral na recomposição defensiva durante os 90 minutos. Mãos à obra, Roger Machado!

Enfim…

Que a chegada de Julho traga luzes à direção, à comissão técnica e à Nação de Três Cores. O Grêmio está na Série B, mas não é o seu habitat natural. Ok? O tricolor gaúcho é integrante da elite do futebol pentacampeão mundial!!! Elite!!! Nada menos que a elite!!!! Estão lembrados, né? Desculpem chover no molhado. Entretanto, às vezes, até a obviedade precisa ser dita, gritada, propagada. Devolvam a grandeza do Grêmio. Para ontem. Urgentemente! A começar pela postura do torcedor…

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