O quanto de nós é algo desconhecido para nós mesmos e o quanto de tudo isso nos compõem?
O quanto de nós é arrependimento por não ter feito o que podia, e o quanto de nós é arrependimento por ter feito até demais?
Qual parte de nós grita? E, qual parte de nós cala? Qual parte nossa decide se atirar, e qual parte decide esconder, reprimir e guardar?
Para onde tudo isso vai? Em que rio desagua tantas dores, tantas alegrias e tantas emoções? Quem lida com aquilo tudo que poderia ser, mas não foi?
Em que caixa essas roupas estão empilhadas? E quem as veste? Por que as veste?
O quanto disso tudo precisa ser dito? Ou deveria ser dito? E se não se expressa o que se silencia, para onde vai esse vazio?
A que fere? A quem beneficia? E se não fere e nem beneficia, quão belo se torna todo esse caos? A beleza pode ser dor? Ou a dor é que pode ser bela? E se não, como é que cura?
A bagunça é infinita ou ela tem fim? E se tem fim, quem te direciona? E se você é o piloto, quem te ensina a pilotar? E não é você, então quem?
Quem responde essas questões? E se sou eu, quem me ajuda a formular as perguntas certas?
Com amor e carinho, Alice.