Escolher ser mais do que posso ser. Escolher viver a mágica e a fantasia que a vida me oferece. Construir um caminho próprio e singular baseado na minha essência. Construir e destruir, como forma de arte. Como maneira de transformação.
Sentir a vida de um jeito diferente da maioria, trilhar pelo desconhecido e provar o agridoce do mistério. Pisar com os pés descalços na grama molhada, no asfalto quente, na areia úmida. Por aí, sobrevivendo aos percalços, aos medos, às inseguranças.
Descobrindo em mim mesma a salvadora feroz da minha própria vida, descobrindo em mim mesma a melhor amiga que terei por toda a minha existência. Sentando-me à mesa com todos os monstros e fantasmas que me assombram, tornando-me intimida de todos eles. Sendo uma só com todos os meus desejos e questionamentos, alcançando o mais profundo do meu ser e constatando que é um lugar confortável para se estar.
Constatando a beleza de ter nascido onde nasci, a beleza de viver onde vivo. A beleza que será experimentar o que ainda está por vir. As viagens, os amores, as dolorosas desilusões, os amigos conhecidos e os estranhos que se tornarão amigos. As tatuagens. A arte. E tudo o que mudou desde que comecei a escrever o texto, e que permanecerá mudando quando eu terminar aqui.
Com amor, Alice.