Os dias são todos iguais?

Às vezes vivemos com tanta pressa, que não dialogamos com o nosso cotidiano.Na segunda-feira, esquecemos de apreciar a manhã.Porque ela passa rápido, porque é segunda-feira, porque outra semana se inicia e tudo parece se repetir.Mas não se repete, eu tenho um mantra que consiste na seguinte frase: “por mais que de vez em quando, todos os dias pareçam iguais, nunca o são.Pois todos eles tem algo diferente a nos ensinar.”Estamos constantemente correndo, fazendo o básico para continuar seguindo.Não é raro que deixemos de apreciar a companhia de pessoas que moram conosco, simplesmente porque as vemos todos os dias.Não é raro deixarmos de preparar uma mesa bonita de café da manhã, pensando que é “só mais uma refeição, só mais um café da manhã de toda a minha vida.”Não é raro deixarmos de visitar um amigo ou parente, deixar um bilhete para o nosso amor, mandar uma mensagem mais carinhosa.Ficamos acomodados no costumeiro, naquilo que parece que nada tem de tão especial.Quando na verdade, todo instante importa, todo segundo é único, nunca mais volta.Escrever é importante porque marca essa passagem do tempo, a fotografia que registra e eterniza.Desligar o celular e viver o momento, isso também nos ajuda a diferenciar um dia do outro.Por vezes, rolamos o feed do Instagram incessantemente, perguntando-nos “qual o sentido da minha vida, tanto tédio, tanta procrastinação.Para quê tudo isso?”E no entanto, o que há de mais belo está ao nosso redor e deixamos de desfrutar.As pessoas que amamos, nosso lar, nosso quarto e nossas coisas.Deixamos de limpar, organizar, vivemos jogando a sujeira para debaixo do tapete e depois jogando-nos no sofá.De modo que, assim a vida parece se arrastar, passar em frente aos olhos tão tediosamente.Tudo que está aí é para nós, para o deleite de viver.A natureza, as manhãs de sol ou de chuva.Aquele “mais um” dia de trabalho, a próxima página do livro, a próxima refeição.Tudo isso pode ser tão belo e diferente todos os dias, e outros, nem tanto.Mas isso também faz parte de encontrar o prazer na vida, saber passar pelos dias ruins.Talvez se saíssemos um pouco da frente das telas, se olhássemos para dentro e nos perguntássemos: “como eu estou me sentido hoje?”.Bom, aí teríamos uma chance muito maior de sentir a realidade e a presença de cada respiração do nosso corpo.Que bom que podemos repensar, mudar a rota e fazer melhor.Quem sabe hoje, quem sabe amanhã.Mas por que não hoje?E por que não, acreditar que todos os dias são diferentes e podem me ensinar algo novo? E por que não, perceber que essa leitura já cria uma nova versão do que eu serei no futuro?Que lindo poder pensar que meus dias não são iguais, e sim, variações bonitas de tudo o que eu posso viver!
Com amor, Alice.

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