PV sai do Governo, mas Sérgio Ângelo fica

O vice-presidente do PV Viamão, Luciano Goldenberg visitou a redação na última quarta-feira, 31, acompanhado da presidente Lucilene Fraga, Maria Teresa Soares secretária de finanças e  Karine Oliveira secretária de mobilização do partido. O grupo veio comunicar a saída do Partido Verde do Governo de André Pacheco (PSDB), por acreditar que a prefeitura desprestigia a legenda e que falta diálogo entre os representantes do governo e a direção do partido.

– Nós não temos nada contra a figura do prefeito André Pacheco, existem pessoas muito competentes e solícitas no governo, mas algumas pessoas que trabalham na prefeitura não entendem o tamanho do nosso partido, nem sua importância para o Governo – disse Luciano, sem citar nomes.

O grupo que controla o PV no município foi instituído pelo diretório estadual, pois, segundo o vice-presidente, Viamão não possui os pré-requisitos previstos no estatuto da legenda para realizar convenção e eleger seus próprio diretório: ter um deputado estadual e um federal, uma sede e 5% dos votos válidos na eleição geral.  Ainda segundo o grupo os próximos passos depois desta ruptura serão a reestruturação do partido, preparar o partido para as próximas eleições municipais de 2020 e aguardar para ver qual vai ser a postura do único vereador eleito da legenda em Viamão, o advogado Sérgio Ângelo.

 

Não é bem assim, diz Sérgio Ângelo.

Procurado pelo Diário, o 2º vereador mais votado em Viamão em 2016, Sérgio Ângelo disse que não foi bem assim que a coisa aconteceu. Segundo o parlamentar, que assumiu a presidência do legislativo por 15 dias durante as férias de Francinei Bonatto (PSDB), o grupo que hoje controla o partido em Viamão vem agindo de forma autoritária desde que assumiu a legenda e que a decisão de sair do governo foi tomada unilateralmente pela turma de Luciano, sem consultar o restante dos militantes.

– Respeito demais as pessoas que compõe a executiva mas deixo claro que a decisão de sair da base do governo foi tomada sem qualquer consulta a este vereador e aos demais integrantes do governo – diz Sérgio Ângelo.

As divergências entre os dois grupos do PV teria tido início na divisão dos cargos no executivo: enquanto Sérgio e os demais candidatos e filiados preferem mais cargos ganhando menos o diretório quer um menor número de indicações, mas com cargos mais elevados dentro da prefeitura. Desavenças entre os dois grupos não vem de hoje e só se agravaram nos últimos dias.

Sérgio Ângelo fica no PV e no Governo.

Ao tirar o partido da base do governo, o diretório municipal entregou todos os 26 cargos que detinha no executivo. Destes, apenas três realmente deixaram seus empregos, os outros 23 foram mantidos em seus postos de trabalho. Sérgio Ângelo é um dos grandes defensores dos projetos do executivo dentro da Câmara e consultado pelo Diário, o vereador diz que pretende continuar trabalhando pelos 2.072 viamonenses que depositaram nele a confiança e o voto na última eleição e pelos demais moradores de Viamão. 

Perguntado sobre as possíveis sanções que ele e os CC’s desobedientes podem sofrer, como a expulsão do partido, por exemplo, o vereador disse:

– Só espero que os processos adminstrativos sejam respeitados e que prevaleça o bom senso a favor do partido. – finaliza Sérgio Ângelo.

 

 

 

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