Pela sétima vez consecutiva, o Grêmio está na final do Campeonato Gaúcho. Uma hegemonia esmagadora e inquestionável. Com a eliminação do tradicional adversário, revigora ainda mais o sonho do Heptacampeonato, algo que não ocorre desde 1968. Ainda mais com a finalíssima sendo disparada na zona Norte de Porto Alegre.
Deixemos o valor histórico de lado e voltemos ao corrente ano. O time tem apresentado evoluções consideráveis e promissoras na peça ofensiva. A presença de Cristian Pavón tem colocado o lado direito de ataque no mapa de calor da equipe, algo raro na últimas temporadas.
Com o argentino, a equipe amplia o repertório de ataque. O ponta-esquerda continua presente na engrenagem, mas agora, a mecânica não está refém apenas dele. Aliás, que grata novidade está sendo Gustavo Nunes, né? Para a função, Renato ainda dispõe de outro Prata da Casa, Nathan Fernandes, e de Soteldo, claro, voltando de lesão.
Diego Costa! Substituir Luis Suárez é tarefa pra lá de árdua, evidentemente. Mesmo assim, o camisa 19 tem justificado a sua contratação. Garante profundidade ao time, criando terreno para o ingresso dos médios e pontas. Atormenta zagueiros, faz pivô e… bola na rede!!! Centroavante raiz!. Somente na semifinal, foram 3 gols. Oportunista e decisivo!!!
Entretanto, voltemos a uma das máximas deste singelo espaço opinativo: futebol se ganha, se perde e se empate é no meio-campo! Demorou, mas Franco Cristaldo tem dado resposta satisfatória. Mais ligado que o habitual, tem feito jornadas com mais “fome”, dinamismo e intensidade também sem a bola. No último terço, tem contribuindo ainda mais, revelando faceta de goleador.
A postura do camisa 10 tem sido fundamental para a evolução do 4-2-3-1. Nesse desenho, o meia-central precisa funcionar quase como um segundo atacante, vez que outra. Méritos da comissão técnica. “Tenho pedido para o Cristaldo pisar mais na área”, disse Renato, mais ou menos assim, em entrevista coletiva dias atrás. Tem dado resultado.
Mudemos o olhar do pitaco, agora! Nas funções defensivas, a equipe segue apresentando problemas. Embora os inegáveis méritos com a bola, uma meia-cancha composta com Pepê + Cristaldo, sobrecarrega a linha de defesa. Uma obviedade consagrada jogo após jogo e há tempos. O ingresso de Du Queiroz poderia atenuar a “sangria”. E também permitiria os avanços de Villasanti. Embora atue prioritariamente à frente da área, já mostrou destaque como elemento surpresa, inclusive assinalando gol em Gre-Nal.
Não existe almoço grátis. Já passou da hora do tricolor solucionar o impasse do “cobertor curto”. A postura com a bola está sendo infinitamente melhor do que a contenção defensiva. Ademais, lembremos as virtudes do Juventude na meia-cancha contra o Internacional na semifinal. Jogo físico, negação de espaços, muita força de marcação.
A camisa 1 é outro ponto de atenção. As falhas de Caíque contra o Caxias voltam a abrir a disputa pelo arco tricolor, né? Quem é o seu favorito? O ex-jogador do Ypiranga, Gabriel Grando ou Marchesín???
Que role a bola no Alfredo Jaconi, sábado (30/3), às 16h30. Tomara que seja um legítimo duelo de Série A.
Que vença o mais competente…