Saul Teixeira | Uruguai e os méritos “escondidos” no pontapé da Copa

A atuação e o resultado da seleção do Uruguai contra a Coréia do Sul foram frustrantes, mas não existe motivo para terra arrasada. Será? Desde que ocorram ajustes necessários, a começar por mudanças no meio-campo. Talvez!

Após longo e tenebroso inverno, alguns conceitos atuais e Universais do jogo finalmente passaram a vestir Celeste. A começar pela saída de três jogadores que, grosso modo, tem como missão avançar os laterais e colocar mais atletas no campo do adversário.

Cabe ao volante Bentancourt recuar entre os zagueiros para viabilizar a mecânica. Em outro cenário, o volante fica como falso lateral-esquerdo para que o time explore a ofensividade de Mathias Olivera, lateral de ofício.

Suárez ou Cavani. Um ou outro. Infelizmente o tempo é implacável. Num futebol cada mais mais intenso e dinâmico, atualmente existe lugar para apenas um entre os titulares. Mais um acerto do novato treinador Diego Alonso. Ainda mais com Darwin Nuñez “voando” e com a famosa dupla longe das condições físicas e técnicas ideais.

Ok! Mas e a estreia? Foi ruim! Futebol se ganha, se perde ou se empata é no meio-campo! Para o próximo jogo, mudanças de ordem tática e individual podem elevar a ação coletiva. Contra os sul-coreanos, faltou armação, cadência, articulação! E o mais incrível: com Arrascaeta os 98 minutos no banco de reservas. Quanto desperdício!

Jogador do River Plate, Nico De La Cruz é outro que pode atenuar os problemas inicias — embora tenha ingressado sem brilho no segundo tempo. Em resumo, ele ou Arrasca! No mínimo um deles precisa ser titular.

Federico Valverde! Titularíssimo do Real Madrid, o camisa 15 é o ponto de equilíbrio dos “merengues” atuando como extrema-direita com a bola e recompondo quando a posse é do adversário. Na seleção, porém, atuou mais recuado.

Na prancheta tática, uma mudança para 4-2-3-1 poderia deixar a equipe mais equilibrada e tiraria o ataque do isolamento. Meio-campo com Bentancourt e Vecino alinhados. À frente deles, Valverde à direita, Arrascaeta centralizado e Darwin Nuñez à esquerda. No ataque, neste momento, Edinson Cavani — pela questão física, deixaria Suárez para o 2º tempo quando os rivais estiverem mais desgastados.

Repertório! Com bola, mudança para 4-4-2, com Arrascaeta caindo à esquerda — como fazia no Flamengo de Jorge Jesus — e liberando Nuñez para aproximar-se do centroavante.

Enfim… apenas projeções, visões e singelos pitacos. É preciso mudar mudando! Do contrário, a Celeste Olímpica seguirá “vivendo” mais quatro anos do histórico Maracanaço em 1950.

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