Trago hoje a opinião do meu amigo e ex-vereador em Alvorada Diego Kurtz. Ele sintetiza com precisão cirúrgica duas incógnitas nacionais: a política e a formação do senso crítico dos Brasileiros.
Vale a reflexão:
"Ouvir as conversas obtidas pela Operação Spoofing causam as mesmas sensações que assistir ao BBB. A diferença é que a casa em questão é a República Federativa do Brasil.
Mas tem tudo lá (na Spoofing). De Fiuk a Karol Conká. A diferença é que a transcrição dos áudios é uma aula sobre a história recente da política brasileira.
A diferença entre as duas é que (a Spoofing) pode fazer muita diferença na sua vida. Isso se você não é do time dos hipócritas que apedreja quem tá no BBB e faz igual na vida real.
Se você é desse time, segue assistindo ao BBB e deixa a operação Spoofing para os adultos."
Continuo daqui:
Para quem chegou na Terra agora, explico: na Operação Spoofing, a Polícia Federal desarticulou uma organização criminosa que praticava crimes cibernéticos, prendendo quatro pessoas. Neste ano, após decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, conversas entre procuradores da operação Lava Jato e o então juiz federal Sergio Moro apreendidas tornaram-se públicas.
Em diversas mensagens, os procuradores afirmam que iriam se reunir com Sergio Moro, que o consultariam ou precisavam ouvir a opinião do juiz sobre algum ponto. Também há conversas em que então juiz federal fez pedidos e orientações ao procurador da República Deltan Dallagnol. O magistrado também informa ao então coordenador da Lava Jato no Paraná, antecipadamente, medidas judiciais adotadas contra investigados.
Parte dos diálogos que estão sob guarda da Justiça veio a público em 29 de janeiro e revelou Moro orientando os procuradores sobre como apresentar a denúncia contra o ex-presidente Lula no caso do tríplex do Guarujá.
Em outra conversa, a procuradora Lívia Tinôco, diretora cultural da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) descreve as falas do petista: “TRF, Moro, Lava Jato e Globo tem um sonho: Que Lula não seja candidato em 2018. Não querem Lula de volta porque pobre não pode ter direito”. Na mesma conversa, outra pessoa, não identificada, diz que ligou a televisão “na hora dos orgasmos múltiplos”.
Clique aqui e leia as transcrições no site poder 360.
Eu entendo o desgosto do Diego com a falta de prioridade do nosso povo.