O dia após, é sempre intrigante. Complicado, conflitante até. O dia após o réveillon. O dia após a lua-de-mel. O dia após a conquista do diploma universitário. O dia após o aniversário. O dia após a posse. O dia após qualquer dia. É sempre questionável e reflexivo. E se o dia após qualquer posse significa mudança, é muito revolucionário. É o que acontece no Brasil de hoje. No estado gaúcho e até no mundo.
Políticos dançam cirandas em mandatos primeiros. Cerimônias e discursos. Outros em fins de carreira. Outros no ostracismo. Outros em exílios involuntários. O Brasil navega em muitas estórias. Em muitos pleitos já feitos, mas sempre existirá outro dia, uutros projetos, outros risos e outros sonhos. Outras pessoas acompanharão o dia seguinte.
Dia 1 de janeiro Temer entregou à faixa presidencial ao novo mandatário da nação: o Capitão. Marcela, a bela esposa recatada e do lar, cumprimentou à nova primeira-dama, Michelle. Muitas mudanças. Como os dias que encerraram guerras. Como os dias de solidão, de violência e de estupidez. Tudo nesta vida, muda. E é a mudança que aciona os dias da humanidade, que sonha, vive e vegeta. Entre poluições, aparelhos celulares inovadores e mensagens no Instargram. Além de robôs, estações espaciais, governos e conflitos.
No Brasil dos sonhos e da alegria, não se pode esquecer da loteria. E é triste o dia após, o resultado da Mega-sena.Tantos sonhos imaginados e a volta à dura realidade. Salários inexpressivos, vidas pacatas e dívidas que se avolumam. A maioria como gado, continua a caminhada. De sorte para poucos. De lutas e misérias para muitos.
Bebi no réveillon. Encharquei-me de bons sonhos. Quando o novo dia parecia tão comum, na verdade, não era. Sempre diferente. Como o clima das estações. Como o sol e a lua. Como casamentos e divórcios. Como fracasso e sucesso. Quero sempre brindar com otimismo o novo dia. Para trazer a felicidade para mais perto.Sentar junto à ela e…bendizer a vida. Que com certeza, será bem melhor no outro dia.
