Sentada em sua cadeira predileta, ela bendizia um copinho de café. Gole a gole, o saboreava. O engolia com paciência para entender seu prazer. Depois, assistiria um filme em casa, na salinha da cultura e da arte. A escolha do filme ficou a seu critério. Neste dia, preferiu um drama. A história de um pianista e sua tragédia acontecida durante a Segunda Guerra Mundial, em Varzóvia.
Tudo o que tolhe a liberdade machuca o ser humano. Toda política de opressão é horrorosa. O Pianista é um filme de Roman Polanski baseado numa história real de 1940. A chegada dos alemães na Polônia e sua assustadora violência levou à morte milhares de judeus. E a Polônia transformou-se num grande circo de horror. O pianista chamado Skpilman era um homem sensível, que vivia de música. Tocava na rádio polonesa e encantava todo mundo.
Sobreviveu em meio a fúria assassina dos alemães que arrasaram a Polônia. Os invasores saqueavam as moradias. Roubavam obras de arte e, sob as roupagens da guerra, cometiam as maiores atrocidades humanas, jogando velhos e paraplégicos pelas janelas e depois incinerando-os numa fogueira de estrondosa capacidade de destruição. Me indago: que tipo de fúria humana leva alguém a matar sem piedade?
O pianista teve sua família enviada para um campo de concentração. Onde fatalmente morreram. Ele ficou sozinho no violento mundo da guerra. Escondido no gueto dos judeus de Varsóvia passou fome em situações nada condizentes com a sua sensibilidade. E por fim, viveu dias de extremas mudanças políticas. Quando os russos expulsaram os alemães da Polônia. E o mundo na Europa respirou um pouquinho na civilização de paz.
Guerras e domínio não levam a nada. Todos perdem. Hoje, em pleno 2020, as guerras não cessaram. Mas é tempo de rever a condição humana e a política. A fúria continua com outras roupagens ,outros interesses. Ceifam vidas, jamais almas. É necessário despir-se deste mundo de arrogância que a guerra traz… que a política do absurdo produz.
É necessário seguir em frente. Aceitando a pequenez humana e mudando nossos chips vivenciais. Em vez de ódio, a paz. Em vez de arrogância, a humildade. E em vez do mal, o bem. O bem expresso na natureza, que nos alimenta e nos faz melhores nesta transposição cósmica. Nesta viagem que estamos empreendendo no planeta Terra. A importância está na conexão com o divino. Na melhor forma de viver. Baseada unicamente no amor e não na guerra.