O município de Cachoeirinha acabou de ganhar, em portaria assinada na semana passada no Ministério da Saúde, um Centro Especializado em Reabilitação (CER), que vai funcionar como um apêndice da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) da cidade.
A notícia foi levada ontem (22/1) à tarde ao presidente da Apae, Eliseu Gonçalves da Silva, pelo deputado federal Jones Martins (MDB) e a primeira-dama de Gravataí, Patrícia Bazotti Alba.
A família da esposa do prefeito Marco Alba (MDB) tem ligações de amizade de muitos anos com a família de Eliseu, e foi Patrícia quem pediu ajuda do deputado Jones para viabilizar o projeto.
O CER que está sendo instalado em Cachoeirinha terá abrangência regional, podendo atender também os pacientes de Gravataí, Alvorada e Viamão. Para isso, vai receber uma verba mensal de R$ 140 mil do governo federal com regulação do estado através da secretaria estadual da Saúde.
Atualmente a Apae atende cerca de 100 pacientes com deficiências na faixa dos zero aos 18 anos. Com o Centro de Reabilitação, poderá atender até 500 pessoas sem limite de idade, ampliando o serviço com a contratação de médicos e equipes de enfermagem.
A expectativa do presidente Eliseu é que será necessário dobrar o numero de profissionais – hoje 17 pessoas – que prestam serviços na moderna sede da Apae de Cachoeirinha nas áreas de psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, entre outros, como os colaboradores das áreas administrativas.
Zika vírus
O deputado Jones Martins explicou ao Diário que os centros especializados em reabilitação foram criados há cerca de dois anos pelo governo federal com objetivo de atender à demanda de crianças nascidas com necessidades especiais por conta, principalmente, da epidemia causada pelo zika vírus, no Nordeste.
— O CER surgiu diante da necessidade de se prestar assistência adequada às crianças que nasceram com problemas de má formação por causa do vírus da zika, mas depois começou a ser implantado em outras regiões por se constatar que é um programa excelente que funciona junto e em apoio ao Sistema Único de Saúde, o SUS — disse o deputado peemedebista.
Conforme Jones, são duas as formas de implantação do CER em uma determinada região. Primeiro tem que ser comprovada a demanda que justifique o serviço. Daí, o governo banca a construção das instalações e o custeio ou, como é o caso de Cachoeirinha, repassa os recursos necessários para pagar pelos serviços.
— Cachoeirinha está recebendo o quinto centro de reabilitação gaúcho. Foi um trabalho de um ano e quatro meses que se materializa — disse, completando que na cidade a opção foi pelo repasse do dinheiro para custeio já que a Apae tem uma estrutura que atende às exigências do Ministério da Saúde e sua direção “correu atrás da máquina” para cumprir as adequações que foram solicitadas.
A APAE
: A sede da Apae de Cachoeirinha foi inaugurada em 22 de novembro do ano passado e fica no bairro City Nova Fase.
: Foi construída em terreno cedido pela Prefeitura de Cachoeirinha no regime de comodato, tem 1.040 metros quadrados e custou cerca de R$ 1,8 milhão.
: Tem oito salas adaptadas a diversos tipos de atendimento, além dos espaços administrativos, de consultas, e um amplo salão para eventos.
: Também já possui salas com equipamentos destinados aos exercícios de reabilitação atendendo às exigências do Ministério da Saúde para implantação do CER.
: Fundada no anto de 1974, a Apae tem como presidente desde o dia 1º de janeiro do ano passado o empresário Eliseu Gonçalves da Silva.
: Atualmente atende cerca de 100 crianças com até 18 anos, portadoras de necessidades, e com o CER vai abri mais 400 vagas, sem limites de idade, para pacientes de Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada e Viamão.
Confira no vídeo abaixo a cobertura do Seguinte: (portal parceiro do Diário) ao anúncio do CER na Apae de Cachoeirinha.