Após “epopeia” na Copa do Brasil, Grêmio garante evolução na mecânica com 3 zagueiros

A classificação na Copa do Brasil num Mineirão lotado na última semana foi formidável. Consolida definitivamente o retorno à elite, garante R$ 4,3 milhões aos cofres e deixa o time vivo na busca pelo sonho do Hexa.

Em matéria de desempenho, porém, o Grêmio jogou pouco, bem pouco, quase nada em 180 minutos de disputa — pelo menos na lógica do Futebol Além do Resultado.

Em Porto Alegre levou um senhor “chocolate”, embora o empate em 1 a 1 ainda no 4-2-3-1. Em Belo Horizonte jogou por uma bola. Deu certo pragmaticamente. Classificação com ares de epopeia, porém. Ufa!

Viremos a chave…

Brasileirão 2023 contra o São Paulo. Arena pulsante, quarta vitória seguida somando as 2 competições nacionais, mas a principal notícia chama-se “bom futebol”. Triunfo com rendimento, performance e, principalmente, EQUILÍBRIO! Afinal, futebol não é apenas um ato defensivo. Mesmo “perdendo” (novamente) em posse de bola, vitória (novamente) no placar final.

Humildemente, escrevemos nos últimos textos que o Tricolor vinha jogando no 5-4-1, pela postura retraída dos laterais. Méritos inegáveis pela consistência defensiva que explorava o erro do adversário e/ou a bola parada. Entretanto, abusava do direito de saber sofrer.

Bendito domingo ensolarado! Fábio e Reinaldo foram alas, extremas, pontas. Assim surgiu o gol de empate do canhoto como se fora camisa 11, com “colaboração” preciosa do goleiro Rafael. Ficou com as penas na mão! Glu-glu-glu-glu…

Sem a bola, laterais mantendo o 5-4-1, mas apenas na peça defensiva. Execução moderna, contemporânea e entusiasta da formação com 3 zagueiros. E o rendimento não melhorou somente pela presença ofensiva da dupla. Houve outros méritos…

Com a presença dos camisas 2 e 6 no campo ofensivo garantindo amplitude à equipe (rentes à linha lateral), os extremas têm liberdade de movimentação pela faixa central, entrelinhas do adversário.

Assim nasceu o pênalti provocado e convertido por Cristaldo. O argentino, que partia do flanco esquerdo, estava na posição de armador clássico, na meia-lua adversária. Pelo corredor oposto, Bitello também, vez que outra, aproximou de Suaréz.

Movimentação essencial para amenizar outro problema das últimas partidas, o isolamento do 9 mundialista — aliás, assistência digna de um camisa 10. Elogiar o uruguaio é uma obviedade que não cansamos de consagrar. Imaginem se a bola chegar mais vezes???

Sem pontas, Renato ouviu o que o campo gritava. O sistema com 3 zagueiros bateu à porta como emergencial. Com tempo, rotina, repetição e insistência, está elevando a competitividade da equipe.

Contra o São Paulo, a jornada comprovou que o ”efeito sanfona” é o grande pulo da formação tática. Muitos defendendo e muitos atacando. Que seja assim no maior teste da temporada até agora: contra o Flamengo de Sampaoli no ‘Maior Palco’ boleiro do Mundo.

Que o tricolor mantenha a robustez defensiva, mas não abra mão de trocar golpes. Embora as vitórias em sequência, conceitualmente, é aquilo: boxeador que fica somente nas cordas, acaba chamando nocaute.

A atuação contra o São Paulo é modelo a ser seguido. Se alguém jogar a toalha, que seja o adversário…

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