O ano já começou, nós já refletimos sobre as ações do ano anterior, já festejamos… mas vocês já programaram o que vão fazer com este ano novinho em folha? Hoje é 15 de janeiro de 2018 e muitas coisas já aconteceram na minha vida, algumas mudanças e muito desafios. E por aí?
Decidi organizar os armários da casa para dar espaço as novas descobertas do novo ano e acabei encontrando uma lista com as metas de 2017. Eu confesso: não realizei metade das ações que havia programado! Será que vale a pena listar tantas coisas? Por que nos programamos com metas para um caminho que ainda nem conhecemos? Nessa reflexão, eu descobri que conquistei outras metas, bem mais relevantes, e que não estavam presentes na minha mente no momento de colocá-las no papel.
No ano passado, eu decidi mudar os meus hábitos alimentares e cortei a carne vermelha da minha dieta. Uma nova vida se abriu na minha frente, descobri novos sabores, fiquei mais saudável, meu organismo mais rápido e isso me levou a cozinhar mais. Outra meta que não estava na lista! Cozinhar se transformou em uma terapia. Que coisa maravilhosa colocar uma música enquanto se corta um tomate, prepara uma massa ou assa um pimentão recheado. A comida tem outro gosto. Melhor ainda é ouvir os elogios! Conquistei algumas pessoas pelo estômago e confesso que foi muito prazeroso. Outros aprendizados que não estavam programados também acrescentaram muito na minha vida, mas na profissional.
Realizei uma oficina de poesia. Que delícia colocar no papel os nossos sentimentos em verso que rimam e soam como música. Além de perder o medo de mostrar minhas pequenas rimas, compartilhei de muitos conhecimentos e histórias inspiradoras. Busquei aperfeiçoar os meus conhecimentos em cursos online, a internet realmente é cheia de aventuras. A cada semana eu encontrava uma coisa diferente e atualmente tenho até certificado de produtor de conteúdo para internet, algo que eu nunca achei que estaria no meu currículo.
A minha fé cresceu, minhas crenças em Deus e em outros santos aumentaram, mas será que isso tem que estar em alguma lista de metas? Bem provável que não. Os rituais de orações, meditações e agradecimentos tornaram-se diários. Assim como a intuição, a atenção aos detalhes e a persistência. Tudo isso acrescentou muito ao conjunto de corpo e mente. Como é bom manter o equilíbrio e ter sempre um mecanismo de fuga.
Quando pequena, eu sempre fazia o mesmo pedido na hora de colocar a pulseirinha do Senhor do Bonfim: eu queria ser feliz. Ainda não sei se alcancei esse desejo e talvez ele nunca esteve presente nas minhas listas de metas dos novos anos. Bem provável que as crianças tenham mais conhecimento que nós, adultos, sobre os verdadeiros significados da vida. Do que adianta correr atrás de sonhos que não nos proporcionaram felicidades quando conquistados? Ainda não decidi se farei uma nova lista de metas para 2018, talvez eu escolha uma meta antiga e simples: ser feliz.