De exílio e nacionalismo

A estória corria solta nas conversas de boêmios-intelectuais nos bares de Porto Alegre. Que vivia, como capital, tempos complicados. A ditadura militar era assunto constante e sério. Se estendeu de 1964 até 1985. Contam que um certo cidadão, tipo Mata Hari era agente duplo. Ou informante ou um palhaço, que se divertia em vez de chorar, naquele tempo cinzento. Margaretha Gertruida Zelle, conhecida como Mata Hari, foi por sua vez, uma dançarina exótica dos Países Baixos acusada de espionagem durante a Primeira Guerra Mundial.

O intelectual gaúcho ficou tão traumatizado pela intervenção que sofreu em 1967, que hoje em 2019, não pode ouvir ninguém falar a palavra "exército" ou "militar" que dá um chilique. Não sem razão. Pois era um tempo bem sinistro. Ele não foi torturado fisicamente, mas foi impedido de trabalhar, porque escrevia. E suas ideias não combinavam com aquele regime. Perseguido, foi escapando pela fronteira gaúcha e chegou ao Uruguai, onde se exilou.

Existia uma certa ignorância no ar. Foi censurado por estar lendo o livro do escritor francês Sthendal, cujo título era "O vermelho e o negro". Tudo naquela época, era absurdamente incompreendido. O livro, na verdade, era uma obra sobre um religioso. Não tinha nada de política. E para piorar tinha ainda em sua biblioteca, um livro de economia chamado "A Revolução Industrial". A palavra "Revolução" instigou os órgãos de repressão. Mas era tão somente, uma obra que tratava das origens do capitalismo na Inglaterra.

Os militares daquela época entendiam muito de cultura militar. E pouco da humanística. Cometeram equívocos infantis em suas análises. Foi dureza? Foi. Mas os intelectuais nestas questões os consideravam bizarros. Hoje a juventude, que não viveu 64, se atreve à manifestos contra os militares. Falam em "resistência". Resistência ao que? Ao nacionalismo. Hoje o exército  não quer torturar, eles querem transformar o Brasil numa potência econômica. E podem. E devem. E merecemos

É preciso dar um crédito para os militares de hoje. Aos generais que governam. Eles como eu, eram crianças de 10 e 11 anos na época da Ditadura. Tem outro estilo. São pacíficos, são nacionalistas. E cá prá nós, tem coisa melhor do que amar seu País? De querer a paz e o progresso? Viva o Brasil! E, que realmente este Governo modifique para melhor a nossa estória. Mesmo sabendo, que livros e historiadores, algumas vezes, colocam pitadas de ficção em seus escritos. Como o artigo daquele boêmio, que falava em transformar o Brasil numa Monarquia.

 

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