Eu já fui uma W.I.T.C.H! E você?

Aqui em casa, nós amamos colecionar revistas. Todo mês chega uma edição diferente para alegrar as outras centenas de exemplares que estão guardadas no armário ou na mesa de centro da sala. Eu sempre fui apaixonada por revistas, talvez por isso escolhi cursar jornalismo como graduação. Eu aprendi a ler nas páginas da revista “Atrevidinha” que tinha como capa a personagem Mili, da novela Chiquititas. Depois eu comecei a colecionar o Nosso Amiguinho, a Atrevida, a Capricho e finalmente a W.I.T.C.H. Foi aí que algumas coisas mudaram.

Todo mundo aqui já leu alguma história em quadrinhos, certo? E quase todo mundo deve ter uma personagem especial das HQ’s, seja da Marvel, da DC Comins ou da Turma da Mônica mesmo. No meu caso, as minhas personagens estavam nas páginas da revista da Editora Abril. Eram cinco amigas que descobriam poderes mágicos! Todas elas eram bruxas! Elas podiam controlar o fogo, a água, o ar e a terra. Aquilo era sensacional.

Confesso, eu não gostava de ler. Talvez fosse preguiça, talvez fosse dores de cabeça devido aos diagnósticos de oftalmologistas para o astigmatismo ou, talvez nada mais me interessava do que as histórias das cinco guardiãs do Oráculo. Mas como eu já disse: algumas coisas começaram a mudar. Tudo ao meu redor era sobre bruxas! Meus aniversários eram com tema de halloween (eu faço aniversário em julho), ganhava vassouras de bruxas, caldeirões, gatos de pelúcia e, acreditem, inventei até cursos de bruxaria com as minhas amigas! Além as coleções das edições mensais da revista, eu comprava os livros, os perfumes, os cadernos e a pedra referente ao meu signo. Eu realmente me senti uma verdadeira W.I.T.C.H!

Para quem não lembra, o grupo era formado pela Will, Irma, Taranee, Cornelia e Hay Lin. As histórias em quadrinhos eram uma parte da revista, que também trazia matérias sobre moda, comportamento, história sobre bruxaria e lazer. A edição circulava por vários países e até ganhou algumas produções para a televisão. A “W.I.T.C.H.” foi criada por ElisabettaGnone, Alessandro Barbucci e Barbara Canepa e já era comercializada na Itália desde abril de 2001. Depois, a Disney e a Editora Abril adaptaram ao gosto dos brasileiros.

A minha coleção de revistas não existe mais. Precisei dar um novo destino a elas. A Editora Abril, por motivos comerciais, encerrou as publicações na edição 95, no ano de 2009. Mas eu ainda guardo os livros e as memórias desse universo fantasioso da bruxaria.

Eu não aprendi a voar, nem a fazer poções mágicas. Muito menos controlar a água – elemento do meu signo de câncer. Mas eu consegui ser uma criança feliz. Eu vivia em um mundo de fantasia, onde tudo era possível. E o melhor ainda: eu não tinha computador, nem internet. Todo mundo era obrigado a se reunir nas salas da minha casa para lermos em conjunto o novo capítulo da HQ!

Eu fui uma bruxinha feliz. E você? Viajou no mundo imaginário de quem?

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