Duas áreas em Viamão foram vistoriadas e voltaram à lista para receber o presídio depois que os planos de implantação em Charqueadas perderam força
No dia 17 de março, o recém empossado ministro da Justiça Osmar Serraglio esteve com o governador José Ivo Sartori e, juntos, anunciaram a construção de um presídio de segurança máxima em solo gaúcho, no município de Charqueadas, onde já existe uma unidade prisional estadual, a Pasc. O presídio teria capacidade para 210 detentos e um investimento na ordem de R$ 60 milhões.
Pois a coisa toda mudou um pouco de figura.
Ao longo de abril, o ministério da Justiça rejeitou a área oferecida pelo governo do Estado em Charqueadas por não oferecer condições técnicas adequadas à instalação do empreendimento. No dia 17 de abril, o próprio secretário de Segurança do RS, Cézar Schirmer disse que a área definida um mês antes não tinha as melhores condições de acesso.
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O governo gaúcho, então, procurou novamente os estudos preliminares e resgatou três áreas em municípios da região que também poderiam receber o investimento. A primeira delas em Gravataí, que tem um prefeito do PMDB – mesmo partido de Schirmer e do governador – entrou na lista, mas o prefeito Marco Alba descartou o presídio por lá.
As outras duas áreas são em Viamão.
Governador e o ministro Serraglio em 17 de março quando a área em Charqueadas foi anunciada | Foto: Arquivo, Diário
Uma na ETA, outra em Itapuã
O governo municipal não confirma nem descarta o contato do governo gaúcho sobre o presídio. Extraoficialmente, o Diário conseguiu a informação de que uma área ao lado da Escola Técnica Agrícola, a ETA, é uma das que foi vistoriada para o empreendimento.
A outra seria no Distrito de Itapuã.
Na ETA, onde funciona uma escola de tempo integral, a perspectiva de ter um presídio no portão ao lado chamou atenção até da Assembleia Legislativa. Por lá, a deputada Juliana Brizola gravou e divulgou um vídeo, alertando para a possibilidade.
O avô dela, Leonel Brizola, foi um dos mais famosos alunos da ETA em Viamão.
O Diário pediu que a prefeitura de Viamão comentasse o assunto, mas até o início da tarde, não teve resposta. A secretaria de Segurança Pública do Estado também não fala sobre o projeto do presídio enquanto não houver uma nova definição sobre o município que receberá o empreendimento.
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