O governador confirmou que manterá a bandeira preta (de risco altíssimo para COVID-19) – sem cogestão dos prefeitos – em todo o Rio Grande do Sul por mais duas semanas. Eduardo Leite também endureceu as medidas de distanciamento e controle das atividades comerciais até 21 de março. As atividades gerais seguem vedadas entre as 20h e as 5h até o dia 31.
A mudança mais signficativa está na restrição das vendas de produtos não essenciais em supermercados, de forma presencial, a partir da segunda-feira (8). Será proibido aos estabelecimentos, por exemplo, vender calçados, roupas e perfumaria. Itens como geladeiras, televisões e fogões poderão ser vendidos pelo sistema de telentrega.
Na prática, o Big não pode vender itens não essenciais, e a Havan só pode comercializar a meia dúzia de sacos de feijão e arroz que tem em uma prateleira para justificar o alvará e manter suas portas inexplicavelmente abertas.
Um decreto complementar será publicado ainda nesta sexta-feira (5), estabelecendo punições a quem descumprir a norma.
O governo gaúcho pretende alterar também os protocolos válidos em bandeira vermelha (de risco alto) aumentando as restrições.
Leite destacou que as regras mais rígidas se dão em razão do rápido agravamento da pandemia do coronavírus no Estado. Nas últimas semanas, foram registradas falta de leitos de UTI em todo o Estado, bem como o aumento no número de casos e de mortes pela doença.
Construção Civil e Indústria
As regras para a Indústria continuam sem alterações, de acordo com o governador, para não prejudicar o fornecimento de produtos essenciais. A Construção Civil também segue como na última semana (75% dos trabalhadores).
Litoral tem regras especiais
O comércio presencial estará todo fechado durante o fim de semana. As vendas podem ocorrer somente por sistema de tele-entrega. O banho de mar e prática de esportes aquáticos estão proibidos. Caminhadas e corridas na beira da praia continuam permitidas.
Sistema de Saúde no limite
O governador lembrou que a rede pública de Saúde está no limite no que se refere a possibilidade de novas amplações de leitos.
– Não há espaço para ampliação infinita dos leitos. Por isso, precisamos reduzir a circulação e as taxas de contágio – diz Leite.
Estado, Prefeitura e Hospital Viamão (HV) firmaram acordo e anunciaram a criação de 32 novos leitos no município. Para isso, a maternidade da casa de Saúde local será fechada, e gestantes serão encaminhadas para Alvorada.
Em vídeo
Governador detalha medidas restritivas. A edição de vídeo é de Guilherme Klamt.
*Colaboração de Rafael Martinelli
