Inter de Coudet ignora o “básico” e semeia a desclassificação. Toc, toc, toc…

Novamente um primeiro tempo de alto nível, mas etapa complementar pavorosa por erros quase primários de Eduardo Coudet. Libertadores repetindo a última rodada do Brasileirão. Eis o singelo resumo de River 2 x 1 Inter.

O colorado “soube sofrer” na primeira parte do duelo. O volume, a posse e o ímpeto, naturalmente, eram dos mandantes. A organização defensiva, porém, atenuou as investidas. Na segunda parte do duelo, troca de passes, triangulações e um pouco mais de equilíbrio no confronto. De La Cruz, entretanto, o nome do primeiro tempo!

Como “cereja do bolo”, o primeiro gol de Enner Valencia vestindo vermelho e branco. Último lance da etapa inicial e coroação da proposta pragmática: marcação com intensidade, negação de espaços e bola parada. Ofensivamente, porém, produção quase nula!

Na volta do intervalo, a pressão foi ainda maior! A presença de Maurício, mesmo voltando de lesão, poderia ter garantido um pouco mais de circulação, posse e iniciativa. Pedro Henrique seria aposta de velocidade para o contragolpe e a vitória pessoal. Coudet manteve os 11 iniciais. O Inter virou mero espectador. Erro crucial. Futebol não permite desaforos!

Mesmo assim, a postura defensiva seguia com méritos. Como futebol exige equilíbrio e não é apenas um ato defensivo, os deuses da bola garantiram o “justo” castigo. pelo menos na ótica do Futebol Além do Resultado. Os brasileiros abdicaram de jogar completamente, criando terreno para a ousadia do treinador rival. Demichelis fez a substituição que literalmente ganhou o jogo: ingresso do atacante Pablo Solari na vaga do volante-capitão Enzo Pérez. Autor dos gols da virada.

Com a troca, De La Cruz deixou a meia e cumpriu função de 8. Aberto à direita, Solari explorou o setor de Wanderson e Renê. Com apenas um “marcador” — Johnny —, o colorado sucumbiu. Lembram quando, humildemente, defendíamos a presença de Rômulo + Aránguiz + Johnny?

Coudet demorou a mexer e quando fez, pecou pelo erro de leitura quase amador. Exceto a passagem de De Pena para o lado esquerdo para aumentar a robustez do setor. A contribuição do camisa 14 na peça ofensiva, porém, é zero há 120 anos. Ainda mais jogando “torto” pelo lado direito de ataque. Também na meia-cancha, Campanharo ingressou na meia-ponta como camisa 7. O detalhe é que ele rende somente em funções centralizadas. Mais um erro imperdoável do comandante ex-jogador do River. Maurício, por sua vez, seguiu no banco.

No último terço, como dizem os “moderninhos da bola”… Enner não conseguia reter a “gorducha” na frente. O gol e a bela bicicleta não podem “tapar o sol com a peneira”: o camisa 13 ainda não “entrou em campo” pelo Clube do Povo. É verdade que segue isolado. Mas seu gesto técnico segue falho. Parece também faltar força. É bom lembrar que fundiu a temporada da Europa com o nosso insano calendário com jogo a cada 3 dias! Já não é garoto! Enfim, são fatores que talvez possam justificar a decepção até o momento.

Pedro Henrique precisa assumir a camisa 11 pra ontem!!! Por mais que esteja retornando de lesão, pode tirar Enner do isolamento. O ideal é que atue próximo do gol, mas também pode cumprir dupla função aberto à esquerda: é superior a Wanderson em conclusão e também em recomposição defensiva.

PH poderia ter entrado até na vaga do próprio Enner. Luiz Adriano se repetiu em inoperância! Mas não! Coudet mandou a campo o camisa 28 somente aos 41 do segundo tempo. Isso mesmo!!!! Aos 41 do segundo tempo. E Maurício??? Nem isso! O camisa 27 foi fazer Turismo na Terra do Tango. Contra o Corinthians, no sábado, o próprio Coudet indicou que a dupla deve atuar para “pegar ritmo de jogo”. Tomara!!! Para o bem da Nação Alvirrubra…

Como a moeda sempre tem 2 lados, o campo ilustrou os acertos de Coudet com Johnny de camisa 5 e Sérgio Rochet na baliza. Não fosse pelo uruguaio, o jogo do Beira-Rio teria caráter Amistoso. Eis a novidade, entretanto: um goleiro virou herói mesmo na derrota. Ufa!!! Poderia ter sido beeeeeeem pior.

Em mecânica, é fundamental que Coudet escale “cada um no seu quadrado” e mande a campo os melhores atletas disponíveis. É tão óbvio que chega a gritar!!!! Em português, espanhol ou portunhol. É básico!!!

Aliás, o treinador tem conseguido diminuir Alan Patrick. Inadmissível escalar a referência técnica do time fora do seu habitat natural. É 10 e faixa! É meia clássico. Precisa atuar centralizado. Outras: Aránguiz é 8, não 10. AP é 10, não 11, reforçando. De Pena é 8 ou 11, não 7. Enner pode ser 11.

Futebol não é receita de bolo! Nem nos videogamaes atuais, os jogadores rendem fora de suas posições/funções prioritárias. Imaginem no Futebol Profissional. Definitivamente, a derrota no Monumental de Nuñez teve a assinatura de Eduardo Coudet. Antes, durante e depois das substituições…

O Beira-Rio precisará rugir dia 8. Alô, torcedor e torcedora!!! Do contrário, agosto será literalmente o mês do desgosto.

Toc, toc, toc…

Batamos na madeira!

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