O Farol

Indicava um lugar para orientar os navios. Um espaço no meio da praia.E muitas vezes na lembrança dos visitantes.Era quase quê como uma tela pintada por algum artista plástico sensível e inconformado.Aquilo simbolizava uma trégua na imensidão das águas salgadas do litoral. E, em sua arquitetura ,um pedaço da paisagem marítima. Assustava os passantes. À noite se iluminava.

Atrevidamente caminhei até ao Farol. Para saudá-lo. Ou talvez conhecê-lo melhor.Meus pés cansados  tropeçavam na areia molhada pela maresia. Eu insistia na caminhada, trôpega  e insinuante.Era num desses domingos nostálgicos e cheios de lembranças. Primeiramente desimportante.Mas com as horas passando adquiria um certo sentido.Talvez,aqueles que a gente quer apagar da memória por serem desprovidos de brilho.Ou não.

Parecia loucura acreditar que ali no entorno do farol existia magia. Que ela simbolizava um princípio e quando os olhos o visse estaria protegida. Se o pudesse tocar estaria, da mesma forma, para sempre abençoada.

Mas na mente de uma pessoa supersticiosa a magia atingia mais intensidade.O Farol no fim se transformava num castelo mágico.Habitado por duendes e fadas. Que ao verem um navio se aproximando sinalizavam. E enviavam luzes coloridas para a extensão total da embarcação. Perto dali, um casal de artistas plásticos retratavam com absoluta realidade o que presenciavam.O tema de suas telas era a magia. O Farol realmente causou neles um profundo reconhecimento da metáfora vida e mar. Luzes, cores, mistério e superstição. Pensei nos filmes assistidos e nos poemas que usavam o tema para encantar e também decifrar enigmas. Como a figura arquitetônica do farol símbolo de avisos, atenção e presságios.(Ana D´Avila)

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