Todas as cartas de Dédo Machado

Dédo com Robson Duarte, em campanha para prefeitura | Divulgação|Facebook

Vereador que concorreu a prefeito tem diante de si escolhas a fazer sobre para onde ir a partir de janeiro do ano que vem

 

Em 1º de janeiro de 2017, Dédo Machado (PDT) deixará de levar consigo a designação de vereador do município de Viamão.

Ele concorreu a prefeito, fez pouco mais de 5 mil votos – e estará sem cargo eletivo desde que tomou posse em pela primeira vez, eleito em 2004, com 1.304 votos, para a mesma Câmara da qual se despede agora.

 

Governo: não é só dizer sim

 

Embora já corra solta a corda que coloca Dédo Machado entre o secretariado de André Pacheco, a coisa toda não é tão simples quanto parece. Para dar a palavra ao vereador, o prefeito eleito precisa concluir a rodada que vem fazendo com os aliados de primeira hora, que estiveram com ele durante toda a campanha – e, agora, merecem a consideração de serem ouvidos em primeiro lugar sobre a composição do novo governo.

André ainda terá que charlar – como se diz lá no CTG da Armada Grande – com os caciques do PMDB, do PSB e do PP sobre por no governo, desde o primeiro dia, um dos candidatos da oposição.

E Dédo terá de explicar ao seu PDT porque aceita fazer parte de um governo tucano quando fez de tudo para concorrer contra ele – pedindo, inclusive, votos e apoio na oposição.

É tudo isso – ou não, como diria Caetano Veloso.

A política remove as montanhas que atrapalham o caminho. E não há convicção contrária que uma cerveja gelada ou uma carne assada não remova.

E uma boa charla. Na política, mas ainda assim, uma charla.

 

A opção por Gravataí

 

Se nada em Viamão der certo, Dédo deve aceitar o convite feito e reiterado para compor o governo de Daniel Bordignon (PDT) em Gravataí. A eleição lá ainda está sub judice, com os votos de Bordignon validados pelo TSE que, ainda esta semana, deve apreciar um recurso que inclui no julgamento a suspensão dos direitos políticos de Bordignon por cinco anos.

Em outra palavras, ele pode ser o prefeito ou não.

Ainda existe a hipótese do vice de Bordignon assumir. Cláudio Ávila já conversou longamente com Dédo. Teria dito a ele que o PDT em Gravataí é pequeno e carece de quadros, o que facilitaria o trânsito do nome do vereador de Viamão entre postos de comando que surgem por lá.

A secretaria de Serviços Urbanos seria o seu endereço.

Ela cuida de todos os serviços públicos prestados na cidade: limpeza urbana, varrição das ruas, recolhimento de lixo e entulhos, por aí.

E existe, ainda, a possibilidade de uma nova eleição em Gravataí – quando a presença de Dédo pode ser significativa caso necessite uma nova campanha em busca do voto dos gravataienses.

 

A opção por Canoas

 

Um pouco mais remota mas ainda assim uma hipótese, existe a chance de Dédo ir para Canoas, trabalhar com o prefeito eleito Luiz Carlos Busatto, do PTB. Busatto e Dédo ficaram amigos durante o governo de Tarso Genro, quando o canoense comandou a secretaria de Obras Públicas. Dédo, na época, era indicado diretor na pasta.

Busatto e vereador de Viamão já andaram conversando, dia desses. E um convite surgiu aí.

Pesa contra, por óbvio, o afastamento que Dédo teria de Viamão, onde faz política há mais de 30 anos.

Tanto Gravataí quanto Canoas lhe daria novas relações no Estado, inclusive, mas o tiraria da linha imediata na disputa política da cidade.

E se é verdade que quem não é visto não lembrado, estar longe, na política, é a porta da solidão.

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