Uma pergunta sobre o amor

Em uma dinâmica de apresentação no primeiro dia de aula, a professora apresentou um roteiro de perguntas proposto por um educador norte-americano. Mais de 30 questões são elencadas por ele, desde a identificação pessoal o nome e a idade até as mais intimistas ou filosóficas questões.

Cabia a cada um dos alunos solicitar que o colega ao lado se apresentasse. Entre as variadas questões, a jovem ao meu lado define que devo responder sobre quando se descobre que é amor o que sentimos por outra pessoa. Levei um susto. Numa fração de segundos me indaguei o porquê da opção tão complexa. Imaginou ela que nossa evidente diferença de idade é garantia de uma resposta segura, definitiva?

Quando percebemos a diferença entre paixão e amor por outra pessoa? O que denominamos amor?

Desde pequenos, mesmo antes de saber que aquele gostar tanto tem o nome de amor, nossos pais são os primeiros amores. Logo em seguida nos ensinam que devemos amar a Deus, um ser que está no céu e que sequer conhecemos. Depois amamos nossos parentes próximos, amigos e, às vezes, até os vizinhos. Chegamos à fase da adolescência e percebemos sentimentos “absurdos” palpitando em nosso peito. Tudo com uma intensidade incrível, com incertezas e até uma dose de egoísmo. Achamos, muitas vezes, que o amado da vez será para sempre.

Vamos amadurecendo e desejando que o amor, como cantou o poeta, “…seja eterno enquanto dure”. E aí, tenho que responder quando percebi que amo meu marido. No primeiro momento, brinquei dizendo que estar casada há mais de duas décadas já é garantia de que o amo. Apenas um toque de nervosismo frente à questão. Sabemos, eu e você, de um bom número de pessoas que vivem juntas, mas o amor romântico foi abandonado em uma das muitas curvas da vida. Mas os olhos inquisidores da menina me obrigaram a encontrar alguma resposta. Não consegui fazer uma reflexão e, de pronto, disse apenas que percebi que amava quando pela primeira vez senti falta da presença dele. Ou seja, não consegui responder.

Sei que meu amor não é igual ao dos filmes românticos, mas sinto que ele é enorme, tão grande como o da criança que ama a Deus sem mesmo conhecer quem ele é.

E você, quando percebe que ama uma pessoa?

 

 

 

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