O que você fazia quando tinha 16 anos? A viamonense Débora Saionara pratica taekwondo, uma arte marcial oriental que converte chutes, socos e hábeis investidas com as mãos em golpes energizantes.
Débora não só luta Taekwondo como é uma das feras do esporte. Descobriu a modalidade quando tinha nove anos através de uma oficina do projeto Mais Educação (que oferece atividades extra-classe no turno inverso a alunos da rede pública). De lá pra cá participou de diversos campeonatos estaduais (onde a medalha sempre veio) e em 2016 a tão esperada faixa preta, o grande ápice de um lutador.
No ano passado Débora entrou para a Seleção Gaúcha de Taekwondo, na categoria juvenil (+68 kg). No mesmo ano participou da Copa do Brasil de Taekwondo, ganhou medalha de bronze e classificação suficiente para participar do Grand Slam 2018, agora em Fevereiro no Rio de Janeiro. O foco é o ouro e a vaga no mundial da Tunísia.
– É possível viver do Taekwondo, mas aqui no Rio Grande do Sul o esporte não tem muito apoio nem é valorizado – diz a moradora da Cecília e aluna do 2° ano do Colégio Estadual Alcebíades Azeredo dos Santos.
Desde que começou a competir a menina conta com a ajuda da comunidade para custear suas viagens. A mãe de Débora organiza "pedágios" na parada 36 de Viamão sempre que precisam de dinheiro. E tem dado certo, os motoristas costumam ajudar com pequenas quantias que juntas financiam a nossa esportista. Para o Gran Slam, Débora só conseguiu angariar a taxa de inscrição no campeonato. Ainda faltam alimentação, estadia e mais caro: as passagens.
Para ajudar basta entrar em contato pelo WhatsApp 51 9.8534.5427 ou ficar atento aos pedágios solidários que a família de Débora vai fazer na parada 36.