O líder do governo na Câmara, André Gutierres (PP), continua despertando a ira da oposição. Depois de discutir calorosamente duas vezes com Guto Lopes (PSOL) agora foi a vez do próprio companheiro de partido, Nadim Harfouche. A briga começou quando Gutierres usou a tribuna para lavar roupa suja, criticando o ex-presidente e ex-líder do governo por votar contra os projetos do governo Pacheco. O estopim do quipocró foi quando deu a entender que Nadim estaria pedindo os cargos que tinha na prefeitura de volta. O libanês teria então se levantado e ameaçado partir pra briga afugentando Gutierres pra dentro da secretaria e acionando a turma do deixa disto. Literalmente só faltou sair no soco.
Por anos, Nadim foi presidente do partido em Viamão e na última convenção abriu mão do cargo para que André pudesse concorrer e da vice-liderança do governo na câmara, se distanciando cada vez mais do governo municipal o que culminou na saída da base. Desde então tem usado as redes sociais para criticar o governo, mostrando em vídeo os problemas da cidade. André faz exatamente o inverso, usando seu espaço na rede e na tribuna para defender os projetos e ações da prefeitura.
Normalmente as sessões na Câmara de Viamão são bem tranquilas: leitura dos pedidos de troca de lâmpada, tapa buracos, um pontilhão aqui outro acolá, troca de nome de ruas, projetos importantes para o desenvolvimento da cidade e do bem estar dos viamonenses outros nem tanto… Mas algumas vezes as discussões extrapolam o nível das ideias e ideais e infelizmente partem para a agressão verbal (mais comum) e outras para a agressão física (muito raro).
Recordo de duas situações na história recente da CMV (os amigos mais vividos certamente devem lembrar de mais algumas). Numa delas, há uns seis ou sete anos, dois vereadores chegaram a trocar socos e empurrões, inclusive quebrando uma das mesas do plenário. Na eleição da mesa diretora de 2015, que colocou Dédo na cadeira, Nadim bateu na mesa com o pedestal do microfone enquanto discutia com o então presidente Eraldo. O folclore diz que Xandão aboliu os pedestais na reforma do plenário justamente por isso, mas daí é outra história.