Sem elas, o ar que respiramos não se purifica. Impressionante é a estupidez humana em destruir as árvores. São poucas as pessoas que vivem hoje em áreas verdes, preservadas do terrível CO2 dos automóveis. Impossível a compreensão humana não atinar que é justamente o CO2 que está deixando o ar insuportavelmente abafado. E a maioria das pessoas que povoam as grandes cidades infestam seus pulmões com esta fumaça que destrói a vida.
Sou neta de uma mulher caminhante. Minha vó materna não usava automóveis. Não porque não tivesse dinheiro para comprar um. Mas por razões pessoais e ambientais. Ela amava as árvores e a natureza. Levantava cedo e empreendia sua viagem, de Morungava até Porto Alegre. A pé. Não gostava de motores, nem de cheiro de gasolina. Sigo sua cartilha, embora não seja uma ecologista atuante. Mas dificilmente ando de carro. Prefiro caminhar. E como diz o compositor Oswaldo Montenegro: automóvel só para grandes distâncias. E assim mesmo, compartilhado.
Mês passado cheguei ao litoral para desintoxicar do ar poluído da capital. Chegando à praia senti uma aragem maravilhosa: oxigênio puro. Especialmente naquelas manhãs em que o sol ainda não estava muito forte. A brisa salgada que vinha do mar emprestava ao ar um odor revigorante e saudável. Que, por algumas horas conseguia vencer o calor úmido e abafado que toma conta de Capão da Canoa no verão. Vindo da mesma forma, do mar.
Dei uma volta e voltei feliz. A natureza é tão inteligente. Como o ser humano conseguiu chegar a este ponto? Onde o problema, já é o simples fato de se respirar. Respirar gás carbônico diariamente cria doenças, intoxica, ataca as vias respiratórias. E as florestas e o mar absorvem o CO2 e transformam em oxigênio. Daí a boa sensação que se tem quando se está perto do mar ou das florestas.
Vivemos dias perigosos. Estudo recente da ONU dá conta de que estamos chegando a um ponto crítico de aquecimento global. Já está existindo modificações climáticas em todo o planeta, tempestades, aumento da incidência de raios e transformações de áreas outroras exuberantes, em assombrosos desertos.
É preciso que a humanidade reconheça o problema. Ao invés de derrubar árvores, plantá-las. Pois as florestas são produtoras de oxigênio e umidade. Necessárias a sobrevivência da vida. Ao invés de emitir o CO2 proveniente do uso abusivo dos automóveis, que se locomovam mais a pé ou através de bicicletas.
Vamos parar para pensar. A vida só é possível, compartilhada com muito verde. Em Viamão, temos uma enorme área verde e muitas árvores. Que a consciência ambiental prevaleça. Que não exista destruição. Como já está acontecendo nas grandes capitais. Que as árvores sejam preservadas, para a purificação do ar. Enfim, para o bem de todos.