Bandeira vermelha pode fechar comércios em Viamão; efeito ’pior mês da COVID’

A Região Porto Alegre, a qual pertence Viamão, pode ser reclassificada da bandeira laranja para vermelha, neste sábado. É a ‘ideologia dos números’ da COVID-19, que evidencia o Distanciamento Controlado do Governo do RS como um experimento um tanto descontrolado, como tenho sido um crítico quase solitário.

O próprio governador Eduardo Leite admitiu em sua última live que o modelo é “inédito” e “passa por ajustes” para “proteger a vida e, ao máximo, permitir a atividade econômica”. O prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan já prepara medidas como fechamento de shoppings, de grandes empresas, academias e de restaurantes – e pediu encarecidamente que os prefeitos das cidades vizinhas tomem atitudes semelhantes. Por aqui, Russinho, deveriam começar a discutir com sua equipe possíveis restrições.  

Não é torcida ou secação, chatos são os fatos, que atrapalham argumentos. Viamão já tem 43 casos e cinco mortes em 12 dias. É mais do que todo maio, que já tinha observado um crescimento de 160% em relação a abril e março, quando aconteceram os primeiros registros de infectados na cidade. No total são 100 casos, média de 1,19 por dia, com nove óbitos.

São dados alarmantes, já que ainda não chegamos à 25ª semana, projetada por especialistas como início do pior período da COVID-19 no Rio Grande do Sul, que se estende à semana 31, em julho, e pode avançar agosto, contagiando um sistema de saúde que já fica ‘doente’ a cada inverno com a superlotação de UTIs por casos de influenza e problemas respiratórios de uma população exposta ao frio – e envelhecida.

Pelos dados desta sexta (12) no Portal COVID-19 do RS, a taxa de ocupação de UTIs na Região Porto Alegre é de 68.8. Os casos de infectados pelo SARS-CoV-2 é de 14,7. O uso de respiradores 34,2. Importante observar que em junho o percentual de pacientes internados com o novo coronavírus subiu de 9.1 para 10.6 e, hoje, 14,7. O número de pacientes ocupando leitos com outras doenças variou neste mês de 76.7 para 83.6 e, hoje, 81%.

É um dado que precisa de estudo, e pouco achei de literatura além da reportagem da Folha de S. Paulo, mas há no RS o registro de 9 mortes por síndrome respiratória aguda grave para cada óbito por COVID-19, o que pode representar subnotificação ou então uma característica gaúcha.

Uma explicação, ou outra, preocupa. Se há subnotificação, temos nove vezes mais mortes. Se a SRAG é uma característica do RS, o inverno vem aí.

Ao fim, para saber como ficarão as atividades em sua cidade, caso a Região Porto Alegre seja reclassificada para a bandeira vermelha, siga os protocolos de cada cor do Distanciamento Controlado do RS, clicando aqui.

 

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