Medida defendida pela atual gestão da casa não é extensiva aos vereadores
Gasto + Câmara = polêmica. A da hora, agora, é a volta do vale alimentação para todos os assessores na Câmara de Viamão — os populares CCs. Eles perderam o direito ao benefício ainda em novembro do ano passado quando a Contabilidade fez as contas e viu que faltaria dinheiro para fechar o ano dentro do que determina a lei.
Na terça, o presidente Xandão Gomes levou ao plenário o projeto que altera a lei da suspensão e, na prática, volta a pagar a partir da folha de julho cerca de R$ 500 para cada assessor — pouco mais de R$ 16 por dia todos os dias pelos 30 dias de cada mês.
— Só estamos recuperando o que foi cortado no passado porque iria faltar dinheiro para o fechamento das contas do ano — explica Xandão.
— É um direito de quem trabalha.
Xandão explica que os servidores do quadro nunca perderam o direito ao benefício e que os vereadores não receberão qualquer engorde nos contra-cheques.
— É só para os CCs — garante.
Nas contas do Diário, o vale-alimentação dos assessores deve custar aos cofres da Câmara algo em torno de R$ 32,5 mil por mês e chegar perto dos R$ 400 mil por ano. A Câmara tem, hoje, cerca de 65 cargos em comissão.