Partido que comanda o governo fez sua conferência municipal durante todo o domingo, reunindo mais de 300 pessoas na Câmara
Ao todos, os tucanos aprovaram 10 teses – ou seja, 10 medidas políticas para a condução do partido. Duas principais: a que promete candidaturas em 2018 e a que regula a fidelidade às decisões partidárias.
Candidaturas
Não vá, de cara, pensando que Valdir Bonatto saiu de lá carregado no colo como candidato a deputado. Na verdade, a decisão do partido – sustentada pelo próprio Bonatto – é a de ter um candidato a deputado estadual e um federal da cidade.
Ninguém de fora.
Um ajudaria o outro a atrair votos. Fortaleceria o partido. E contemplaria mais alas que possam ensaiar algum descontentamento – mesmo que pequenino como uma jaboticaba em viveiro de tucano.
Bonatto, para dizer a verdade, nem disse se concorre. Para uns, dá sinais de que vai. Para outros, que não vai.
Deu certo na eleição para prefeito em 2016. Está repetindo a fórmula de esconde-esconde de novo.
Fidelidade, essa esmaecida…
Mas a resolução mais significativa do congresso é sobre a fidelidade às decisões partidárias.
Pode chamar de enquadramento, também. Ou cabresto? Não: cabresto é meio forte.
O que os tucanos querem é que ninguém no partido se sinta livre para opinar e fazer o que quiser contra o próprio partido ou o governo – especialmente os vereadores, que tem mandato e decidem na Câmara.
Até hoje, cada num andou como quis. Com as resoluções aprovadas no domingo, os tucanos vão ter que rezar pela mesma cartilha – nada de ensaiar proximidades com a neutralidade ou mesmo com a Oposição.
Evandro Rodrigues que o diga (mas ele já disse que será fiel a todas as decisões partidárias).