Prefeito eleito e prefeito que sai recebem na quinta-feira vereadores e presidentes dos partidos que compõe a base aliada. E não é só para um cafezinho
Eles começam a discutir dois assuntos: a composição do novo governo e a presidência da Câmara.
Sobre a presidência, a chance de unidade sem riscos é buscar um grande acordo entre os 12 partidos – sete deles elegeram pelo menos um vereador e podem entrar na disputa pelo cargo.
Difícil que saia algo já na quinta. Mas a tentativa vai nesse rumo.
Já a composição do novo governo não é uma conversa curta. Difícil contemplar cada partido com o que cada um acha que merece. Muitos candidatos a vereador vão querer espaço, partidos também, aliados antigos e os mais recentes.
Todos, enfim.
Entre os parceiros de longas épocas, o caso mais emblemático é o do PMDB. O partido foi avalista da coligação com Valdir Bonatto em 2012, elegeu três vereadores naquela eleição, mas agora encolheu. Tem um só vereador – pode ter dois se Sérgio Ângelo (PV) for impugnado definitivamente e Carlos Bennech vier a assumir.
E o PMDB tem Sarico Moura, o capo do partido – que mesmo desidratado, é o Sarico.
Se André Pacheco prestigiar Sarico contemplando um nome ligado a ele no secretariado, não estranhe. Pode ser o gesto que sela a paz entre os dois, brigados na saída de André do PMDB em dezembro de 2013 e protocolarmente refeita naqueles dias da convenção.
Karine Sarico é o nome da vez. Tem até campanha por ela no facebook.
PSD e o próprio PSDB em ascensão vai brigar por postos estratégicos. E como terão candidatos locais em 2018, ainda brigam por visibilidade.
Palpite é de graça
O prefeito eleito André Pacheco disse que só vai abrir os nomes do seu secretariado em dezembro – mas, até lá, está sujeito a todo tipo de especulações. O Diário tem um palpite conta para todo mundo:
PSDB – O partido, Bonatto e André devem ficar com as secretarias da Fazenda, da Gestão, Educação e Saúde. Ou seja, o filezão. É por onde o governo anda. Outra que pode tocar para a cota pessoal do prefeito é a Procuradoria – necessariamente alguém de sua confiança. Meio Ambiente vira moeda de troca.
PMDB – Pelo tamanho, uma secretaria. Duas, se for considerada a fidelidade "ao projeto". Se o vice Russinho Elias for indicar o nome para o cargo, pode até ser a secretaria de Obras.
PPS – Uma secretaria. Assistência Social (quem sabe até com a ex-conselheira tutelar Márcia Camargo).
PSB – Pretende ficar na Administração e no Esporte.
PSD – Pode buscar algo de maior visibilidade do que a Habitação que comanda hoje, especialmente se Maninho Fauri topar a empreitada. Maninho concorre a deputado em 2018. Um trampolim não lhe cairia mal.
PRB – O partido pode indicar um pastor para comandar a Cultura.
Os partidos menores, que não elegeram bancada, entram na disputa a partir dos escalões menores. E tem ainda os novos aliados – o PTB e quem sabe o PDT, que podem reivindicar espaço no primeiro escalão.