Erika Goelzer | E o mês de dezembro chegou!

Chegamos no mês de dezembro, o ano está chegando ao final. Um ano desconhecido, atípico, que desafiou nossa paciência e nossa resiliência. Se já tínhamos uma série de temores em relação a vida, 2020 nos trouxe um inimigo invisível, potente, de comportamento inesperado e com potencial letal. Nada foi como estávamos acostumados. O inesperado tomou conta de 2020 e “adaptação e paciência” foram as palavras de ordem.

Ainda temos muito pela frente pois as vacinas ainda não estão disponíveis e novos casos surgem todos os dias. O impensado acontecerá: entraremos 2021 afastados. As típicas reuniões familiares para o Natal e as intensas festas de Réveillon acontecerão de forma diferente este ano. Mais do que seres supersticiosos somos seres “ritualísticos”. Nossa vida é pautada por rituais sejam eles particulares ou coletivos. Lévi-Strauss, um dos mais importantes pensadores contemporâneos argumenta que os rituais (diários, festivos, militares, religiosos ou de passagem) nos oferecem a repetição que nos traz a tão importante sensação de segurança. Os rituais nos proporcionam familiaridade e coesão social e nos fazem pertencentes a um todo.

Cada cultura tem seus rituais. Algumas utilizam ate calendários diferentes para a contagem do tempo. Mas não há cultura antiga, contemporânea, primitiva ou urbana que não marque cada mudança de idade, lugar, situação ou época. Os ritos são tentativas de manter sob controle o inesperado que o mundo nos apresenta, suportam significados e ajudam a dar um norte para o sujeito. Alguns pertencem a uma época e outros atravessam o tempo e marcam gerações.

Em tempos tão difíceis precisamos encontrar formas de adaptar e manter os ritos que dão sentido a nossa existência e a nossa cultura, ajustes temporários para continuarmos ligados a essência de quem somos.

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