Buscando amenizar os impactos causados pelo baixo nível de água nos postos de captação do rio Gravataí, após a régua de medição bater a marca dos 21 centímetros, a Prefeitura de Gravataí decretou Situação de Emergência (Decreto Nº 19.431). E quem acha que isto é problema só dos vizinhos, está na hora de saber que Viamão e toda a região precisa se preocupar.
Desde o dia 28 foi suspensa captação para indústria e lavoura, sendo permitido apenas retirar água para abstecimento público, como o Seguinte: reportou em Alerta para falta de água: com Rio Gravataí secando, só é permitida captação para abastecimento público.
Além disso, também, ficou instituído um Grupo de Trabalho que visa mobilizar todos os órgãos municipais para atuarem nas ações de resposta e reabilitação do cenário de normalidade.
Com esta medida, a Fundação Municipal do Meio Ambiente (FMMA) já começou a fiscalizar os pontos de captação direta para agricultura e indústria, a fim de impedir qualquer tipo de irregularidade. A captação urbana segue normalmente. De acordo com a FMMA, as fiscalizações estão sendo realizadas com o uso de drone e, também, com barcos.
Também estão atuando nas ações de resposta e reabilitação, a Defesa Civil (DC) e as secretarias municipais de Obras Públicas (SMOP) e da Agricultura e Abastecimento (SMAA). O decreto, ainda, autoriza a abertura de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, sem prejuízo das disposições previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000), referentes à situação de emergência.
Apelo à população
Na última terça-feira, 28, a Prefeitura de Gravataí publicou um apelo para que a população não desperdice água. Nesta data, o nível de água estava abaixo de 50 centímetros e a captação para abastecimento das indústrias e da agricultura estava ocorrendo de forma alternada, dia sim e dia não. Desde então, os níveis estão cada vez mais baixos.
De acordo com o coordenador da DC, Paulo Roberto, este período de estiagem está sendo ocasionado pelo fenômeno climático nomeado de La Niña, que, pelo segundo ano consecutivo, atinge o Hemisfério Sul, afetando, diretamente, a região Sul do país.
– Todos nós somos a Defesa Civil, pois somos responsáveis pelo meio ambiente e a conscientização da sociedade, neste momento, é imprescindível – reforçou.