O que era para ser mais um almoço tranqüilo para curtir o feriado se transformou em tragédia para uma família da rua Paganini, parada 44 da São Lucas. Por volta das 14h de quarta-feira (2), a casa e mini mercado – que ficava na parte da frente do terreno – pegaram fogo e nada pode ser salvo. Os bombeiros foram acionados por um vizinho, mas por falta de água no caminhão, eles não puderam apagar o fogo e a equipe de Alvorada precisou ser chamada.
— Como parte da casa era de madeira, o fogo destruiu tudo muito rápido. Só deu tempo de minha mãe, Patrícia, pegar meus irmãos (um bebê de nove meses e uma menina de oito), meu padrasto e sair. Não sobrou nada. Quando os bombeiros chegaram pouco puderam fazer — conta Yngrid Beck, que também mora na casa.
Ela, que estava na casa de uma vizinha quando tudo aconteceu, conta que o padrasto havia saído de casa para buscar carne para fazer o almoço.
— Ele saiu para buscar carne. Íamos fazer no forno, assada. Eu disse para minha mãe que enquanto isso iria na minha amiga, que mora ali perto de casa. Dez minutos depois que saí, me ligaram para dizer que minha casa estava pegando fogo. O que sabemos é que meu padrasto voltou, acendeu o forno para fazer a carne, e ali perto, estava um galão de gasolina do carro. Logo depois veio uma explosão. Ele está internado no Hospital Viamão com queimaduras de terceiro grau. Acreditamos que ele vá ficar cerca de dois meses internado, pelo menos. Possivelmente também vá perder a mobilidade da mão.
Mercadinho da família ficou todo destruído
O mini mercado construído em janeiro, na frente de casa, era o sustento da família. Eles moravam na região há oito anos.
— Semana passada ela estava tão feliz que tinha conseguido o alvará de funcionamento do mercadinho dela e ontem eu não sabia como consolar ela quando ela me disse que perdemos tudo.
Agora, eles tiveram que recorrer aos parentes para não ficar na rua.
— Minha mãe foi para casa do meu irmão mais velho, minha irmã de oito anos para a casa do pai dela, assim como eu que estou na casa do meu pai também. Na mesma hora que tudo aconteceu, já começamos a pedir ajuda e recebemos muitas doações de roupas e alimentos. O que precisamos mesmo agora é de ajuda com o material de construção para podermos reerguer nossa casa.
Na quinta-feira (3), pela manhã, um caminhão estava no local para auxiliar no recolhimento os escombros. Quem quiser ajudar a família de Yngrid, o telefone para contato é o 8273.1246