Grêmio: sextou com S de “saudade” de Suárez

Luis Alberto Suárez é poesia pura! É a expressão genuína do futebol arte. É literatura em dribles curtos, assistências e gritos de gol. É o inacreditável sendo materializado. É a história sendo escrita em curto espaço de tempo. É sonho de criança, euforia do jovem. É alento para o idoso. Pelos pés do centroavante mundialista, o “patinho feio” virou “cisne”.

“Embalado pelo extraclasse, Grêmio supera desequilíbrio e revigora sonho do título”. Eis a manchete do nosso último pitaco. Quase sempre erramos, mas desta feita, o destino nos deu uma forcinha. Três dias depois, bingo! O time novamente se mostrou vulnerável defensivamente, mas toca no 9 que ele resolve. Assinalou “somente” três gols em São Januário.

O Grêmio de Renato ostenta a célebre marca de Melhor Ataque do Brasileirão 2023. No último terço do campo, gols em profusão. Lamentavelmente, porém, futebol não é apenas um ato ofensivo.

Ao olharmos o outro lado da moeda, alerta! A equipe é a quarta pior defesa da competição. Embora os “gols, gols e mais gols” a favor, o saldo é de irrisórios 8 gols positivos. Se fosse um pouco mais estável defensivamente, elevaria o nível de competitividade da equipe e, assim, o sonho do Tricampeonato seria ainda mais viável.

Contra o Botafogo, Renato mudou novamente a mecânica de jogo. Eis o maior mérito do treinador na temporada: o repertório tático. Desfez os três zagueiros e bancou um trio de atacante.

Futebol, entretanto, se ganha é no meio-campo. Voltando da Seleção de base, Ronald herdou a camisa 5. Villasanti mais à frente que o comum e Carballo na dele. Não deu liga, embora a bela assistência do uruguaio para o gol de Éverton Galdino.

No intervalo, a correção de rumo que devolveu naturalidade ao time. Cristaldo, embora ainda muito abaixo das expectativas, reposicionou o meio-campo. Na ponta-esquerda, o brilho individual de Ferreira revigorou o ataque. Duas assistências (ou quase isso).

Por mais genial que seja, Suárez depende do entorno. De todos os desenhos utilizados até agora, talvez exista terreno para mais uma variação. Aproximar Ferreira de Suárez no “entrelinhas”, às costas dos volantes. Uma dupla de ataque “raiz” estilo anos 90. Tipo queijo com goiabada.

Acho desperdício o camisa 10 ficar preso à linha lateral. Talvez seja um fato novo que possa ser diferencial para a fase conclusiva da temporada. Num duelo tão equilibrado, qualquer suor diferente pode valer ouro. Ou preferem Ferreirinha como 12º jogador? Do contrário, o time não terá substituições para mudar o cenário na etapa final, né? Ainda assim, bancaria a primeira opção.

Pois bem, senhoras e senhores do Conselho azul, preto e branco…

O sonho distante, agora, é realidade nua e crua. Apertem os cintos. Estejam com os exames cardíacos em dia. A imortalidade ressurge na hora grande, derradeira, decisiva…

Graças ao camisa 9 e apesar do desequilíbrio defensivo.

Suárez é saudade antes mesmo do adeus!

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Compartilhe esta notícia:

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade

Facebook