Mesmo que a oposição seja pequena, ela existe: esse é o recado de Guto Lopes, único vereador do PSol, que pretende pingar água no chopp da candidatura do governo à presidência da Câmara
Nem que seja só para marcar posição.
– Como fez o senador Ranolfe Rodrigues no Senado, a Luiza Erondina. O governo não pode querer tudo para si – diz, defendendo o que pode ser uma incipiente mas provável candidatura de oposição à presidência da Câmara.
Guto não diz peremptoriamente que sim, nem dá o não definitivamente.
– A gente ainda não fez essa discussão. Temos que ver no partido, conversar com outros vereadores, outros partidos – despista.
No fundo, Guto espera contar com o voto de quem é oposição por força das urnas – ele e Adão Pretto Filho, do PT – e de quem esteja de birra com o governo – leia-se: ficou descontente com os espaços que lhe foram oferecidos.
Para bancar a toga da oposição nem precisa ganhar do governo no voto – o que, honestamente, ele mesmo sabe que não é possível. O governo tem pelo menos 15 votos contra seis, e isso se houver unidade da oposição.
Guto só precisa deslocar um ou dois. Daí, engorda o discurso.