A Lomba da Tarumã uma das mais antigas e tradicionais comunidades situadas na periferia do centro de Viamão. A Lomba começou a ser habitada e povoada, provavelmente, a partir da década de 40, quando surgiram algumas escassas casas. Nos anos 40, 50 até a década de 60, lomba era só campo e vegetação gravatá, alem de três pequenas lagoas. nesse período, entretanto, já existia a cancha reta, local, onde eram realizados os páreos de cavalos, esportes apreciadíssimo na época, com o objetivo de conservar a cancha reta , a prefeitura, nos anos 60, autorizou a construção do CTG Chaleira Preta.
A Lomba da Tarumã foi o primeiro foco de urbanização do município, provocado pelo êxodo rural decorrente da mecanização agrícola. Além desses agricultores, também alguns funcionários da prefeitura municipal migraram para a Lomba, principalmente nos anos 50 e 60, o que provocou uma grande polêmica entre a igreja e a prefeitura (na época administrada pelo prefeito Carlos Pinto Mennet).
Haja visto que a igreja alegava a posse das terras.
Na Lomba antiga haviam sérios problemas de infraestrutura: poucas casas tinham luz, não existia calçamento, o comércio era restrito e, principalmente, não havia água. Eram famosas as “penas”, locais onde as pessoas obtinham água. Desde cedo as filas eram enormes, dezenas de moradores disputavam um lugar acompanhados dos seus baldes. Também existiam os pipeiros, que vendiam água pelas ruas em suas carroças com as pipas.
Mas, como falar da Lomba sem lembrar das imponentes trincheiras farroupilhas, marco histórico da famosa Revolução. No Centro da Lomba, mais precisamente no Morro da Cruz, estão situadas as trincheiras escavadas pelos Farroupilhas. O local serviu como abrigo, um assentamento militar, utilizado pelo menos por um ano. Quando completou o primeiro centenário do início da Revolução foi erguido um marco de pedra e colocada uma cruz numa homenagem aos guerreiros mortos e a Epopéia Farroupilha.
Em 1999 foi estabelecido um convênio entre a Prefeitura Municipal e o Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul, a fim de serem realizadas escavações em um trabalho de pesquisa arqueológica que, infelizmente, não teve continuidade. Em 2003, o monumento de pedra e a cruz foram restaurados. As trincheiras, no entanto, seguem, heroicamente, resistindo ao passar dos anos.
A Lomba atual já é “outra”, como dizem os próprios moradores, possui várias ruas calçadas, o comércio muito bom, passa ônibus toda hora, todos tem água e existem ótimas habitações. Além disso, a Lomba abriga uma das melhores escolas do município, A Escola Estadual Célia Flores.
Professor Cédio Santos