Iguais ou diferentes

         Em tempos onde se fala tanto de inclusão, de que devemos olhar o próximo com carinho e que todos somos iguais, ficam dúvidas a respeito desta afirmação sobre a igualdade, pois sabemos que essa não é a verdade vivida por pessoas com deficiências e seus entes.

         Se somos todos iguais, também deveríamos ter direitos iguais, com o de ir e vir, de frequentar locais públicos, de poder chegar aonde temos vontade, a programas culturais, a fazermos todos parte de uma sociedade preocupada com a interação de todos, a educação, a medicações,  de termos políticos realmente preocupados com o que assumiram na época da sua eleição, não é mesmo?  

         Infelizmente para quem convive com uma deficiência, independente da forma em que ela se apresenta, sendo sua, de um parente, amigo, vizinho ou conhecido, sabe que nada disso acontece na prática. Ainda vivemos em um país onde o papel aceita tudo.

        No momento em que o que foi escrito deve ser colocado em ação, a coisa muda de rumo, o fato é abafado e quem realmente precisa de verdadeiras atitudes de muitos que poderiam fazer algo, ficam a ver navios e muitas vezes não sabem a quem recorrer e exigir seus direitos. Será que somos todos iguais?

        A conclusão que chegamos é que a inclusão não passa de devaneio, pois ainda está caminhando a passos lentos. Até o acesso para um simples passeio é complicado. É preciso que sejam tomadas atitudes mais fortes por quem ainda pode fazer algo para que esta situação seja revertida. Esta mudança também depende de você.

        Não espere apenas pelos outros, tome atitudes, troque experiências, vá onde acha que possam te ajudar (quem não é visto não é lembrado) converse, saia, deixe que as pessoas conheçam as diferenças para poderem passar para os seus filhos a importância delas, de forma que as próximas gerações venham mais tolerantes com a diversidade e auxilie a caminhada de muitos que ainda sentem o peso do preconceito e da discriminação.

        É triste saber que ainda hoje, em pleno século XXI, as pessoas que apresentam algum tipo de deficiência, sofrem com preconceitos e discriminações e são vistas como infelizes, tristes, incapazes e fadadas a viver limitadas em função de uma diferença. Sabemos que na maioria das vezes deficiência e considerada sinônimo de ineficiência, o que muitos ainda não sabem, é que este é um conceito errôneo. Existem pessoas “deficientes” muito mais capazes e habilitadas do que os ditos “normais”. Está na hora de revermos e repensarmos os conceitos de igualdade e diferença e colocar na balança o que realmente importa para as nossas vidas.      

        Estamos falando de igualdades e diferenças, mas será que quem tem direito a igualdade que é tão alardeada por muitos, não tem direito a ser diferente? Somos todos diferentes, seja na forma física, na crença, na cor, na estatura, na forma de ver e entender as coisas, nas necessidades, enfim não somos todos iguais.

        E você? É igual ou diferente? Será que isso importa tanto assim? Diferentes ou iguais todos querem a mesma coisa: a felicidade.

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Compartilhe esta notícia:

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade

Facebook