Iniciou a segunda etapa da campanha #Prevenção Tô Dentro

Na segunda etapa da campanha atores vão às escolas falar sobre prevenção à Aids. Foto: PMV/DV

As secretarias municipais de Saúde e de Educação iniciaram nesta terça-feira (04/10) a segunda etapa do projeto de conscientização e de prevenção à Aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis – "Prevenção: #TôDentro – Viamão mais forte contra a Aids".

A primeira etapa foi nos meses de junho e julho, no Centro e na Santa Isabel, e teve a participação de 3.920 estudantes.

A exposição interativa foi direcionada ao público jovem e contou com experiências sensoriais relacionadas ao uso do preservativo, como estratégia de prevenção, guiada e mediada por atores e profissionais de saúde. Visitaram a exposição 3.920 estudantes.

Agora, na segunda etapa, os atores retornam às 22 escolas municipais e quatro estaduais, que visitaram a exposição, para um bate-papo com os estudantes dos 7º, 8º e 9º anos, com apresentações de situações do cotidiano.

Dados do Ministério da Saúde apontam que o número de novos casos entre pessoas de 15 a 24 anos cresceu 54% nos últimos anos.

Até junho, havia 3.120 casos notificados de HIV em Viamão. Pesquisas apontam que a cada cinco pessoas contaminadas pelo vírus HIV, duas não sabem que são soropositivas.

A expectativa é de que aumente a procura pelos testes rápidos, que hoje são realizados em todas as unidades de saúde.

De acordo com a médica Maria Letícia Ikeda, coordenadora da Política de HIV/Aids de Viamão, pesquisas apontam que os jovens têm uma sensação completamente equivocada de que a Aids é uma doença controlada e que não há risco de contrair o vírus.

— Esperamos levar a estes adolescentes um aprendizado significativo promovendo atitudes preventivas em relação às doenças transmitidas pelo ato sexual, para que eles possam ter a percepção do quanto estão vulneráveis a esta epidemia, e passem a ser protagonistas da sua prevenção. Não vamos conseguir isso apenas dizendo, massivamente, que eles devem usar camisinha. É preciso também considerar que cada grupo possui características socioculturais diferentes e isto deve ser levado em conta.

INTERVENÇÃO E BATE-PAPO

Os atores Lucila Clemente e Áquila Mattos, que atuaram na exposição, agora estão conversando com os estudantes das escolas que visitaram a exposição interativa "Prevenção: #TôDentro – Viamão mais forte contra a Aids".

Eles encenam quatro situações comuns e que acontecer com os jovens na relação sexual e atentam para o uso de preservativo.

— Vocês são responsáveis pelo seu corpo e por sua saúde. Cada um tem que cuidar de si. Transar sem camisinha pode trazer consequências graves para o resto de suas vidas. Estudos relatam que 75% dos adolescentes não usam preservativo nas suas relações sexuais — alerta Jaqueline Machado, produtora da Thema, empresa de comunicação responsável pela campanha de prevenção.

A coordenadora da Unidade Básica de Saúde Orieta, Denise, informa que em todas as unidades de saúde podem ser retirados preservativos ou fazer o teste rápido para verificação da sorologia.

Outra informação que os jovens devem ter é sobre as novas medidas de prevenção que vem sendo desenvolvidas, como, por exemplo o PEP (Profilaxia Pós Exposição), que deve ser usada somente em casos especiais de possível contato com o vírus.

Neste caso, após o possível contato com o vírus, a medicação deve ser ingerida até 72 horas depois do fato, por 28 dias consecutivos.

A assessora pedagógica Carina Appel, da Secretaria Municipal de Educação, também acompanhou a visita às escolas EMEF Recanto da Lagoa e EMEF Residencial Figueira.

MAIS

Em dezembro de 2015 a prefeitura de Viamão assinou o protocolo de enfrentamento à doença com outros 14 municípios do estado, considerados prioritários devido ao alto índice de casos.

Entre os compromissos da declaração está o alcance das metas 90-90-90 do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), que significa ter, até 2020

— 90% das pessoas que vivem com HIV sabendo que têm o vírus

— 90% das pessoas diagnosticadas com HIV recebendo tratamento antirretroviral

— 90% das pessoas em tratamento antirretroviral com carga viral indetectável.

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