A dura realidade de ver amigos de infância se perderem por conta da criminalidade levou o viamonense Bruno Oliveira a criar o projeto “Skate na comunidade”. Quatro vezes por semana o jovem de 20 anos reúne crianças e adolescentes no contraturno escolar para aprender skate na praça do bairro São Tomé.
O jovem que nasceu e cresceu no bairro, é técnico em administração e instrutor de skate graças a um curso que ganhou por causa do projeto. Por causa da adolescência problemática, Bruno dá palestras em escolas sobre sua própria vida e como o skate o ajudou a escapar do mundo do crime.
– Vi muitos amigos sendo mortos e presos por não conseguirem dar rumo as próprias vidas. Nas comunidades carentes a criminalidade muitas vezes é a única coisa ofertada e o que queremos com este projeto é dar uma saída para estas crianças, mostrar que o skate é uma forma de transformação social – conta o skatista que sonha em dar aulas em escolas e ONGs e conseguir viver do skate.
Bruno criou o projeto há nove meses sem receber salário ou patrocínio, pelo contrário: muitas vezes ele e os amigos precisam colocar a mão no bolso para pagar lanches e passeios para os alunos. Apoiadores ajudaram o projeto fornecendo uniformes, skates e uma rampa, mas a quantidade de alunos cresce cada vez mais. Em 2017 o Skate na Comunidade atendeu cerca de 50 crianças e somente no primeiro mês deste ano já são 80 matriculadas. A previsão é encerrar o ano com cerca de 100 alunos inscritos no projeto.
Recentemente o projeto criou uma vaquinha online para comprar materiais de proteção, como capacetes, joelheiras e cutuveleiras. Além disto é necessário mais skates, rampas e obstáculos além de alimentação.
Quem quiser ajuda pode procurar o Bruno no (51) 9.8551.4919.