Em meio à rotina acelerada e a um mundo cada vez mais individualista, é fácil esquecer o que realmente importa: as pessoas e as histórias que moldam nossas vidas. Viamão, a primeira capital do Rio Grande do Sul, é um verdadeiro mosaico de conexões humanas, onde memórias e reencontros se entrelaçam como as raízes das árvores que adornam suas paisagens.
Recentemente, recebi uma surpresa que me levou de volta às minhas raízes. Estava em casa, em meu refúgio cotidiano, quando a campainha soou com insistência. Ao abrir a porta, encontrei Fernanda, minha amiga de infância, que, por um incrível acaso, havia apertado a campainha por engano. Seu sorriso familiar, agora emoldurado pela maturidade, trouxe à tona um turbilhão de lembranças.
Entre risadas, recordamos os tempos de escola, quando o mundo parecia um grande playground.
Esse reencontro me fez refletir sobre o impacto das pessoas que cruzam nosso caminho. Como não lembrar de “Tio Carlinhos”, o querido porteiro da escola Isabel de Espanha? Sua presença acolhedora era um porto seguro para muitos alunos, sempre pronto a oferecer conselhos, mesmo que não permitisse que ninguém fugisse das aulas. Até hoje, suas histórias ressoam nas conversas do grupo “Turma 332” no WhatsApp, provando que algumas memórias nunca se apagam.
E o nosso querido professor Marino Ledur, que desafiou uma geração a sonhar alto? Ele nos instigou a buscar conhecimento e a acreditar em nosso potencial. Com suas palavras provocativas, ele fez muitos de nós enxergar além dos limites impostos, e hoje, somos gratos pela coragem que ele plantou em nossos corações.
Essas memórias são mais do que fragmentos do passado; são âncoras que nos ajudam a navegar em tempos difíceis. Em um cenário político tenso e em uma sociedade marcada por divisões, é essencial relembrar as figuras que nos fazem sorrir, que trazem leveza aos nossos dias e que nos conectam à nossa essência mais pura.
Assim, pergunto: quem são essas pessoas na sua vida? Quem traz luz nos momentos de tempestade e faz você lembrar que a felicidade está nas pequenas conexões? Ao celebrar essas histórias, encontramos não apenas um alicerce, mas também um caminho de volta para nós mesmos, onde a alegria e a solidariedade ainda têm seu lugar.
Em Viamão, essa essência continua viva e pulsante, como as histórias que se entrelaçam nas ruas e nas praças. Que possamos valorizar e cultivar esses laços, sempre.